Band Multi

Bauru começa a encoleirar cães para controle da Leishmaniose

611 amostras de sangue foram coletadas em agosto

Por Hiltonei Fernando

611 amostras de sangue foram coletadas em agosto
611 amostras de sangue foram coletadas em agosto
foto: divulgação / Secom Bauru

A Secretaria de Saúde, por meio de equipe da Divisão de Vigilância Ambiental de Bauru-SP, está encoleirando cães da cidade para o controle da Leishmaniose Visceral por meio de uma parceria com Ministério da Saúde. A cidade é a única do Estado de São Paulo classificada como prioritária para a execução da ação.

A equipe formada para trabalhar com esse programa é composta por médicos veterinários e agentes de controle de endemias. A equipe participou, no final de julho, de capacitação teórica e prática sobre o Plano de Ação para Intensificação da Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, com as coleiras impregnadas com inseticida (Deltametrina 4%), sob a coordenação do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, onde também participaram outros municípios que também estão executando o programa.

No período de 2 a 4 de agosto, o programa coletou 611 amostras de sangue na região da Vila Independência, e encoleirou estes animais. Destes, 65 tiveram o resultado positivo, e cinco foram entregues pelos tutores para eutanásia. A Secretaria de Saúde pretende encoleirar aproximadamente quatro mil cães, que serão testados para leishmaniose visceral canina, através de coleta de sangue e posteriores exames. Já na primeira visita, o animal recebe a coleira repelente e as devidas orientações. Após a divulgação do resultado de exame, cerca de 15 dias, os moradores com animais positivos recebem a visita de uma equipe com um médico veterinário, que avaliará o animal e fará todas as orientações sobre o caso.

A validade da coleira é de seis meses, portanto, a cada seis meses a equipe passará na residência para fazer a troca da coleira. Já a coleta de sangue para exame será feita a cada 12 meses. A Secretaria de Saúde possuí um ambulatório com atendimento veterinário voltado para zoonoses no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, onde é feito o Inquérito Canino Censitário. Bauru registra, até o momento, três casos de leishmaniose em humanos neste ano, com dois óbitos.

SINTOMAS

Nos humanos, os sintomas são febre, inchaço, perda de peso, falta de apetite, cansaço e franqueza; podendo também comprometer o fígado, baço ou rins. Em caso de suspeita procure a unidade de saúde mais próxima.

Já os animais podem apresentar vários graus da doença, desde um quadro assintomático, até o crescimento exagerado das unhas, emagrecimento e queda de pelo, apatia, perda de apetite e feridas e descamação na pele. Em fase avançada aumento abdominal e problemas oculares, diarreia, vômito e sangramento intestinal.

PREVENÇÃO

A prevenção da leishmaniose pode ser realizada por meio do manejo ambiental e limpeza dos quintais e terrenos baldios, com a poda de árvores e folhagens dos jardins, escoamento da água parada, eliminação do lixo orgânico de forma adequada, como restos de comida, folhas, frutos e restos de galhos, limpeza do abrigo dos animais de estimação, além de higiene e cuidado com a saúde dos bichinhos. Essas ações previnem o desenvolvimento do mosquito-palha, responsáveis pela transmissão da doença.

Informações: Secom Bauru