A Vigilância Epidemiológica de Marília-SP recebeu a confirmação da segunda morte por meningite em 2023 no município, na tarde de quarta-feira (22). De acordo com a pasta, o caso é isolado, sem qualquer relação vacinal e não existe epidemia.
A Secretaria Municipal da Saúde informou ainda que a doença é considerada endêmica pelo Ministério da Saúde, com ocorrência frequente, a maioria isolada, e que exige atenção de toda a população, principalmente dos pais, com a necessária cobertura vacinal completa para esse tipo de doença.
No Sistema Único de Saúde (SUS) são quatro vacinas disponíveis que protegem contra os principais tipos de meningite: BCG, Pentavalente, Pneumocócica 10 valente e Meningocócica C. A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Há diferentes tipos de meningite e, para cada um deles, causas e sintomas específicos. O tipo de meningite mais conhecido e recorrente é o causado por bactérias: a meningite bacteriana. Os demais tipos de meningite fazem parte do grupo de meningites assépticas, que é quando a doença não é causada por bactérias, mas por fatores como: vírus (Meningite Viral); fungos (Meningite Fúngica); parasitas (Meningite Eosinofílica); lesões físicas (traumatismo craniano); infecções, como otites, por exemplo; câncer; e uso de medicamentos.
“Neste ano já foram registrados 29 casos da doença entre marilienses. Houve um óbito no primeiro semestre e foi confirmado o segundo óbito nesta terça-feira, 21 de novembro, após sair o resultado laboratorial da investigação da doença pelo Instituto Adolfo Lutz”, informou a responsável pela Vigilância Epidemiológica de Marília, Alessandra Arrigoni. Em 2022 o Município registrou a ocorrência de 35 casos e quatro óbitos decorrentes da doença.
O segundo óbito classificado como meningite em Marília no ano de 2023 e divulgado na notificação compulsória da 46ª Semana Epidemiológica do ano, e trata-se de um bebê de 11 meses, com quadro vacinal adequado para a idade. A criança havia sido atendida pelo setor privado de Saúde, apresentou inicialmente sintomas de febre e infecção, com evolução desfavorável para um quadro de meningite e com sepse, levando-a ao óbito em nove dias após os primeiros sintomas. Após conhecimento do caso suspeito, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Marília realizou ações de bloqueio e investigação, com resultado laboratorial negativo para meningite meningocócica, demonstrando que não tem relação vacinal.
A eficiência da vacina
“A vacinação contra a meningite ainda é a melhor forma de se prevenir contra a doença. Como a doença quase sempre é resultado do contágio entre duas pessoas, deve-se evitar o contato ou proximidade com portadores. Tenha também atenção para a higienização adequada dos alimentos consumidos em casa e em locais públicos, bem como ingestão de água não tratada”, salientou o médico e secretário municipal da Saúde de Marília, Osvaldo Ferioli Pereira.
Informação: Secom Marília