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Obras na Favela Marte 3D seguem dentro do cronograma

Expectativa é entregar as casas em fevereiro

Por Hiltonei Fernando

Expectativa é entregar as casas em fevereiro
Expectativa é entregar as casas em fevereiro
Foto: Fabrício Spatti/Pref. Rio Preto

O cronograma gerencial da Favela Marte 3D segue dentro do planejado, conforme detalhou o secretário de Obras de Rio Preto-SP, Israel Cestari. O projeto, que possui investimentos na ordem de pelo menos R$ 58 milhões, sendo R$ 28 milhões por parte do Estado, mais de R$ 15 milhões para a Prefeitura que realiza obras de infraestrutura e, a mesma quantia é projetada por meio do trabalho da ONG Gerando Falcões, com captações complementares junto à iniciativa privada.

“Uma obra que é modelo e caminha muito bem, dentro do esperado. Contamos com meses de muita chuva no início de 2023, mas as partes envolvidas neste projeto não estão medindo esforços para acelerar a conclusão deste sonho, agora muito próximo de se tornar realidade”, disse o prefeito Edinho Araújo.

Segundo Antônio Kodi, líder de núcleos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – CDHU, a obra já está com 74% das fundações concluídas. “Temos neste momento 131 casas já preparadas com a chamada “fundação radier”. A expectativa é de que todo esse processo esteja finalizado no final de outubro ou começo de novembro”, completou.

A Favela Marte 3D terá 239 moradias, sendo 10 sobrados que serão destinados às famílias com filhos e que precisam de uma área comercial para dar continuidade aos trabalhos já desenvolvidos anteriormente. Outras 25 residências terão acessibilidade para atender os moradores com algum tipo de deficiência, idosos ou pessoas acamadas. Os lotes das unidades possuem 94 metros quadrados, sendo 121 casas com um dormitório e 118 com dois quartos. As plantas possuem projetos únicos, levando em consideração a característica de cada morador.

As obras na favela Marte 3D começaram com a demolição dos barracos em agosto de 2022. A previsão oficial para a entrega das casas é fevereiro de 2024. Logo após a apresentação do cronograma, os participantes seguiram do gabinete do prefeito Edinho Araújo até a Favela Marte 3D, para acompanhar o andamento das obras.

Participaram da reunião Amanda Oliveira, CEO do Instituto Valquírias World; Benvindo Neri, líder comunitário da Favela Marte 3D; Tamiris Gerolimch, Relações Governamentais do Instituto Gerando Falcões; integrantes do projeto; os secretários Israel Cestari (Obras), Manoel Gonçalves (Habitação), Mário Soler (Comunicação), Jaqueline Reis (Semae).

O projeto de reurbanização da Favela Marte é uma parceria do Poder Público (município de Rio Preto e governo do Estado) e também da iniciativa privada. A ideia é fazer com que a concepção de Favela 3D seja modelo para todo o País. A construção das casas ficou sob responsabilidade da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado.

O que é fundação radier

Radier é um tipo de fundação superficial (rasa), que descarrega as cargas da edificação por meio da resistência da base, uma vez que sua profundidade máxima é de aproximadamente três metros.

Também é conhecida como fundação em placa e pode ser explicada como uma laje de concreto que abrange toda a área de projeção da construção. Esse tipo de fundação está em contato direto com o solo, transmitindo a uma grande área do solo as cargas oriundas dos pilares e paredes.

O radier é composto por uma laje espessa de concreto armado que ocupa toda a área da edificação, conforme cálculos e projeto.

(Fonte APL Engenharia, empresa especialista em geotecnia de fundações e CDHU-Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

Histórico da ocupação – Favela Marte 3D

A ocupação da favela localizada na Vila Itália, em Rio Preto, teve início em outubro de 2013 e atualmente se estende em uma área total de 50 mil metros quadrados.

A Prefeitura de Rio Preto afirma que em 22 de outubro de 2013 a Inspetoria Fiscal de Posturas da Secretaria Municipal de Habitação identificou ocupação irregular em área particular, do loteamento irregular denominado Santa Catarina Retalhamento.

“Eram habitações sem energia ou água, feitas de tapumes em uma área particular onde levantaram três barracos e viviam 10 pessoas em situação precária”, afirmou o secretário Manoel de Jesus Gonçalves.

Informação: Jaqueline Barros/Secretaria de Comunicação