A cidade de Rio Preto-SP está em primeiro no Estado de São Paulo quando o assunto é a maior proporção de veículos de duas rodas por habitante. São mais de 111 mil veículos desse tipo emplacados no município, sendo 92 mil motocicletas e 19 mil motonetas. Os dados, atualizados em novembro passado, são do IBGE.
Apesar da grande frota, Rio Preto apresenta atualmente um dos menores índices de acidentes fatais envolvendo motociclistas. Neste ano, foram 16 óbitos em decorrência de acidentes ocorridos nas vias urbanas, o que faz o município ocupar o segundo lugar no ranking paulista das cidades com menor número de mortes de motociclistas, atrás apenas de Osasco (14 mortes).
O levantamento leva em conta mortes provocadas por acidentes registrados apenas em vias municipais (ruas e avenidas da cidade) – tanto as que ocorrem no local, quanto as que ocorrem posteriormente nos hospitais. Não são computados no cálculo os acidentes ocorridos nas rodovias Washington Luís (estadual) e BR-153 (federal), que cortam cidade.
Os dados sobre as mortes no trânsito são do Infosiga-SP, que é o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo – um banco de dados mantido e organizado pelo Detran com informações atualizadas que servem para direcionar as ações dos governos municipais e estadual.
“Nosso objetivo é sempre de zerar as mortes no trânsito. Temos consciência de que, em razão da vulnerabilidade dos motociclistas, eles precisam de atenção especial, como ocorre com os pedestres”, afirma o secretário de Trânsito e Transportes de Rio Preto, Amaury Hernandes.
Ele atribui o resultado positivo de Rio Preto a três frentes de trabalho: sinalização (vertical e horizontal), educação para o trânsito (orientação) e fiscalização. “A punição, por meio das multas, é sempre o último recurso. Nosso objetivo é conscientizar primeiro”, diz.
Orientação
Desde a semana passada, a equipe do Departamento de Educação para o Trânsito da Secretaria de Trânsito e Transportes de Rio Preto visita empresas do distrito industrial, onde promove palestras e distribuição de impressos aos trabalhadores que utilizam motocicletas durante o expediente ou para fazer o caminho entre a residência e o local de trabalho.
A escolha das empresas atendidas pelo programa educativo teve como base o número de colaboradores motociclistas. A ação está sendo realizada nos horários de grande movimentação de funcionários nas empresas – entrada, almoço e saída. Com isso, a equipe pretende alcançar o maior número de trabalhadores.
“Eles serão abordados pela equipe do Departamento de Educação para o Trânsito e, posteriormente, instruídos no sentido de pilotar com responsabilidade e respeitar as regras. É importante manter a consciência de que, no trânsito, o motociclista é o mais frágil entre os veículos”, explica a coordenadora de campo da ação, Nathália Curti.
Aqueles motociclistas que passarem pela conscientização também receberão um jornal com orientações específicas para locomoção sobre duas rodas. “É fundamental reforçar a importância de dirigir defensivamente, conscientizar sobre o uso adequado do capacete e alertar sobre a escolha da vestimenta mais adequada para pilotar a moto. A motocicleta é um veículo que deixa a pessoa mais vulnerável. Por isso, o conhecimento e a atitude correta podem salvar vidas”, explica o coordenador do departamento educativo, engenheiro Pedro Romeiro.
Além desse trabalho, o departamento planeja ação voltada exclusivamente aos entregadores que utilizam motocicletas, principalmente os que atuam por meio de aplicativos do tipo delivery.
Informação: Ademir Terradas/Secretaria de Comunicação