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Secretaria da Mulher divulga serviços de combate à violência

As ações são referência ao Agosto Lilás

Por Hiltonei Fernando

As ações são referência ao Agosto Lilás
As ações são referência ao Agosto Lilás
foto: Bianca Zaniratto/Pref. Rio Preto

Divulgar os programas e serviços disponíveis e experiências bem-sucedidas dos agentes da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, assim como os desafios impostos pelo aumento nos índices criminais. Esse foi o objetivo do evento “Enfrentamento à Violência contra a Mulher e a Importância da Articulação em Rede”, organizado pela subseção São José do Rio Preto-SP da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Após a composição da mesa de autoridades, a banda As Valquírias emocionou os presentes, com performances de percussão e canto. Além de profissionais ligados à rede e demais interessados, alunos da Escola Estadual Professor José Felícia Miziara acompanharam o evento. A primeira a falar foi a juíza Patrícia da Conceição, titular da Comarca de Tabapuã e idealizadora do premiado programa Flor de Lis. A magistrada falou sobre o projeto, que visa reduzir casos de violência doméstica e familiar.

O objetivo do Flor de Lis é promover a pacificação social e um dos pilares é o trabalho com autores das agressões. A iniciativa envolve membros do Poder Judiciário, Ministério Público, OAB, Polícia Civil e Militar, Guarda Municipal e as prefeituras de Tabapuã, Catiguá e Novais. “O programa busca superar o machismo estrutural, quebrar a cultura do silêncio e defender maior divulgação da questão”, disse Patrícia, ao mostrar fotos de ações promovidas em escolas, entidades e ruas das cidades envolvidas.

Prevenção

Na sequência, o juiz Alceu Corrêa Junior discutiu os sistemas preventivo e punitivo no combate à violência contra a mulher. “Sou um entusiasta do trabalho preventivo”, afirmou o titular da Vara da Violência Doméstica e Familiar de Rio Preto, ao informar que a reincidência de agressores que passam pelo Grupo MAN (Masculinidade Ampliando a Natureza) é reduzida para cerca de 1%. A Vara expede mais de cem medidas protetivas para mulheres por mês.

A secretária da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial de Rio Preto, Maria Cristina de Godoi Augusto, trouxe os serviços da pasta e números de atendimentos do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM). “Além dos CRAMs, temos equipes com psicólogas e assistentes sociais atuando em conjunto com a Vara, a Casa Abrigo, o Programa Acolhe e a Patrulha Maria da Penha.” Atualmente, oito mulheres estão abrigadas, com seus filhos.

A psicóloga Laira Cristina de Andrade, que atua na Comunidade Só por Hoje e Vara da Violência Doméstica e Familiar de Rio Preto, falou sobre a atuação das profissionais, complementando as falas da representante da Justiça Restaurativa, do Grupo MAN e da Comissão da Mulher Advogada da OAB Rio Preto.

Informação: Bianca Zaniratto/Secretaria de Comunicação