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Glúten em excesso pode prejudicar a saúde

Se consumido em excesso vai retendo cada vez mais toxinas no organismo e promovendo a dibiose, que é a alteração da flora normal

Pedro Zacchi

Produtos com  e sem glúten são achados facilmente em supermercados
Produtos com e sem glúten são achados facilmente em supermercados
Pedro Zacchi

Você provavelmente já viu o texto “não contém glúten” em embalagens de alimentos. Mas sabe o que isso pode significar na prática? Os alimentos em geral, por exemplo, levam em médio 18 horas para serem digeridos. Os que contêm glúten levam até 26 horas.

Geralmente, quem fica atento a estes sinais são as pessoas intolerantes ou com alergia ao glúten. Mas até para quem não tem problema com isso, uma dieta um pouco mais equilibrada pode fazer diferença na saúde. De acordo com a nutricionista Franciele Loureiro Molina, o glúten é uma cola que adere as paredes intestinais e vai bloqueando o funcionamento do intestino.  “Os primeiros sintomas de quem consume muito são intolerância alimentar, desconforto abdominal, gases e retenção de líquidos”, diz. “Além desses incômodos, dificulta o processo de emagrecimento para quem busca isso”, completa a nutricionista.

Os alimentos sem glúten tendem a crescer cada vez mais. Dados de 2019 da Consultoria Internacional Euromonitor mostram que este setor deve ter uma expansão de 35% a 40% até o fim de 2022. Os produtos glúten-free existem para atender ao público celíaco, mas ganharam e conquistaram consumidores que não possuem a doença, mas que buscam uma alimentação natural e mais saudável. Há o entendimento de que a ausência de glúten ou lactose torna um produto light ou fit.

Em contrapartida, ao menos até agora, não há comprovação, como pesquisas, de que o glúten seja prejudicial a pessoas que não tenham algum problema no organismo que limita a ingestão do nutriente. A restrição ao componente é indicada em três casos: doença celíaca, alergia e sensibilidade não celíaca. Quando consumido de maneira correta e equilibrada, o glúten, ao chegar ao intestino delgado, ajuda na proliferação e renovação das bactérias “do bem”, que auxiliam na digestão alimentar.

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