
A Justiça do Paraná concedeu prisão domiciliar de Jorge Guaranho no final da tarde desta sexta-feira (14). Na quinta-feira (13), o ex-policial penal foi condenado a 20 anos de reclusão inicialmente em regime fechado, pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda. Depois do julgamento, a defesa de Jorge Guaranho entrou com um pedido de habeas corpus.
A solicitação pedia que ele cumprisse prisão domiciliar, com a alegação de problemas de saúde provocados no dia do crime, em 2022. O desembargador Gamaliel Seme Scaff julgou e acatou o pedido de habeas corpus, determinando que Guaranho vá para casa imediatamente. Com a decisão ele ficará em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
Será autorizado apenas o deslocamento para tratamento médico, que deve ser comunicado previamente para a central de monitoramento. De acordo com o desembargador, a medida foi concedida pois Guaranho “continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões”.
Após a condenação, Guaranho saiu do Tribunal do Júri em uma viatura da Polícia Militar e foi encaminhado ao Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Desde setembro do ano passado, ele cumpria a pena em casa, com monitoramento eletrônico. Na época, a Justiça do Paraná reconheceu que o estado não era capaz de zelar pela saúde de Guaranho.
Até hoje, ele cumpriu cerca de dois anos de pena – tempo que deve ser descontado do total da pena. A tese aceita pelos sete jurados foi a de homicídio qualificado por motivo fútil e perigo comum.
Ao calcular a pena de Guaranho, a juíza Mychelle Pacheco Cintra reforçou a intolerância política de “não aceitar que o outro tenha preferências políticas diversas”.