Morreu nesta segunda-feira, aos 99 anos, o escritor paranaense Dalton Trevisan, um dos maiores contistas do País, informou sua família, na conta do Instagram do escritor. A informação também foi publicada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná
A causa da morte não foi revelada. "Todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é", escreveu a família do escritor em um post publicado no Instagram.
Considerado um dos maiores contistas contemporâneos do Brasil, Trevisan recebeu o Prêmio Camões em 2012, pelo conjunto de sua obra. Ele também venceu prêmios como o Jabuti, o Machado de Assis, APCA, o prêmio da Biblioteca Nacional e o Oceanos.
Entre 1945 e 2023, o escritor publicou cerca de 50 obras.
Trevisan alcançou repercussão nacional em 1959, após a publicação de Novelas Nada Exemplares. A obra reuniu sua produção literária até então, e rendeu ao autor o Prêmio Jabuti de Câmara Brasileira do Livro.
Posteriormente, ele publicaria O Vampiro de Curitiba, em 1965, livro que deu a ele o apelido pelo qual era conhecido, devido ao temperamento recluso e à aversão a entrevistas. Trata-se de uma coletânea de 15 contos que se passam na capital paranaense, cheios de suspense e mistérios.
Em Cemitério dos Elefantes, de 1964, Trevisan apresenta também um conjunto de narrativas curtas que exploram o lado sombrio e o obscuro do ser humano.
A Polaquinha, de 1985, foi o único romance publicado pelo escritor. A trama acompanha a história de uma jovem bonita, loira e de classe média, que trabalha como prostituta para pagar os estudos.
Atualmente, os livros do autor estão disponíveis pela editora Record. Três obras de Trevisan foram relançados pela editora em junho de 2024: “Cemitério de elefantes”, “Macho não ganha flor” e “Contos eróticos”.