O secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira, do Paraná, disse em entrevista coletiva na sexta-feira (17) que a morte de seis suspeitos durante operação da polícia em Ponta Grossa, no Campos Gerais, “não é motivo para comemoração”.
Questionado pela reportagem da Band, o secretário destacou que a polícia sabia que os homens estariam fortemente armados no momento escolhido para a abordagem, em uma chácara no município. "Sim, nós sabíamos. Tanto é que foram as equipes de operações especiais que foram para o local", disse.
Teixeira também destacou que embora a operação possa ter impedido a ação de criminosos, a morte de todos os integrantes do grupo não deve ser comemorada.
"Não é motivo para comemoração. Mas nós evitamos, por sorte, graças a Deus. Nós treinamos para isso, estamos preparados pra isso. É o que nós não queremos, mas nós evitamos roubos na Região Central do Estado e também roubos a carros fortes. A opção do confronto, obviamente, foi dessas pessoas que estão que estavam lá. Inclusive, essa [metralhadora calibre] ponto 50 estava postada na janela, na aproximação dos nossos policiais", ressaltou.
De acordo com o secretário, os seis mortos faziam parte de uma organização criminosa. Dois deles, de acordo com a polícia, seriam foragidos do sistema prisional e ligados a uma facção. “Eles fazem parte de uma quadrilha de roubo a carro forte e de Novo Cangaço [organizações criminosas que tomam cidades para cometer assaltos] também, não só no Paraná, mas em todo o País”, destacou.
Entre os seis mortos, quatro tiveram a identidade revelada até agora. A RPC-TV, afiliada da Rede Globo no Paraná, divulgou os nomes e antecedentes de cada um. Segundo reportagem do site G1 Paraná, dos quatro identificados, um possuía passagens anteriores pela polícia por esse tipo de crime e todos tinham antecendets criminais por roubo agravado.
A reportagem da Band pediu informações à Secretaria de Segurança do Paraná sobre a identidade e antecedentes de todos os seis mortos e aguarda resposta.
Ainda não se sabe quem são dois suspeitos que também estavam e morreram no local.
Foram apreendidas armas, incluindo fuzis, carregadores e coletes à prova de balas idênticos aos utilizados pela Polícia Civil.
- sete fuzis de calibres 5.56 e 7.62;
- uma metralhadora .50;
- uma pistola .45;
- 36 carregadores de fuzil e munições para fuzis e metralhadoras;
- coletes e placas balísticas;
- explosivos;
- placas veiculares;
- "um veículo blindado e clonado".