O deputado estadual Samuel Dantas (SD), alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), na manhã de terça-feira (11), é investigado por manter um esquema de apropriação de salários de funcionários, conhecido como “rachadinha”.
A investigação por suspeita de rachadinha no gabinete do deputado estadual do Paraná começou em 2024, depois que dois ex-assessores dele procuraram o Ministério Público do Paraná e fizeram uma denúncia.
Renato Gondro Gonçalves e Rogério da Silva falaram ao MP que Augusto Luiz Marques, chefe de gabinete do parlamentar, era quem coletava o dinheiro e levava até a casa de Rafael Dantas, irmão de Samuel. Os dois ex-assessores negam a participação no esquema, mas afirmam que outros funcionários estavam envolvidos.
Durante as investigações, outro ex-assessor, Emerson Rego dos Santos, foi intimado a depor no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Emerson teria pedido R$ 250 mil para não prejudicar o deputado. Depois de algumas negociações, chegaram ao valor de R$ 6 mil. O ex-funcionário foi preso em flagrante por extorsão.
Na terça-feira, o Ministério Público do Paraná cumpriu 23 mandados de busca e apreensão no gabinete do parlamentar, na Assembleia Legislativa do Paraná e em endereços ligados a ele e a outros investigados pelos crimes de concussão e peculato.
Durante a operação, foram apreendidos celulares e computadores na casa de Samuel Dantas foram encontrados R$ 25 mil, que o parlamentar afirma ser do pai dele. A polícia também achou maconha com a esposa do deputado. A mulher foi conduzida pelo Gaeco por posse da droga.
Samuel Dantas está no primeiro mandato e foi eleito em 2022. A defesa dele nega as acusações e diz que o deputado está à disposiçao da justiça para esclarecer os fatos.
Nota da Assembleia Legislativa
