Geraldo Alckmin - O predestinado e o fiel da balança

Claudio Nicolini avalia a importância da escolha de Geraldo Alckmin para o cenário político de 2022

Blog Revestrés - Claudio Nicolini

Revestrés - com Cláudio Nicolini

São mais de 30 anos de experiência no rádio e na TV. O apresentador do Band Cidade primeira edição ancora os debates eleitorais das principais cidades da região na tela da TV Band Vale desde o ano 2000. Também apresenta o Jornal Primeira Hora Regional na Bandvale FM. Aqui trará crônicas sobre o cotidiano e a política das cidades, além de analisar as ações dos governantes da Região Metropolitana.

Geraldo Alckmin - O predestinado e o fiel da balança
Geraldo Alckmin - O predestinado e o fiel da balança
Divulgação/Governo de São Paulo

Depois de vereador e prefeito de Pindamonhangaba, Geraldo Alckmin foi deputado estadual, federal, presidente estadual do PSDB. Com isso, acabou escolhido Vice-Governador na chapa liderada pelo santista Mário Covas em 1994. 

Já em segundo mandato, Covas morreu e abriu espaço para um dos governadores mais populares do século 21. Com cafezinhos, mercadões e padarias, Alckmin criou uma legião, e levou o governo paulista em primeiro turno em duas oportunidades. 

Agora espera a definição do partido que ajudou a fundar em 1988, para, pelo jeito, encerrar um casamento de mais de 30 anos. E o caminho de Geraldo movimenta as principais siglas políticas do país. 

Cada vez mais o nome dele aparece ao lado de Lula, como vice do ex-presidente que vai tentar voltar ao comando do país. Confesso que inicialmente achei que seria Tatu com Cobra, nada a ver. Mas a história se mantém, e a informação é que a tacada seria pelo PSB, partido de Márcio França, que poderia concorrer a vaga no Senado por SP e deixar o caminho aberto pra tentativa inédita do PT governar o estado mais rico da nação, com Fernando Haddad. 

Mas há o PSD de Kassab, e aí, talvez, uma dobradinha com Márcio França, do mesmo PSB, para uma volta ao Palácio dos Bandeirantes. Mas quem o PSD vai apoiar pra presidente? Quem sabe se o Kassab vai conseguir colocar a candidatura de Rodrigo Pacheco de pé? E com qual chance real? 

Até mesmo Datena, que pulou do barco do PSL com o possível União Brasil,  agora espera os movimentos pra ver se vai mesmo pro PSD de Kassab. Pois os passos de Alckmin mexem com tudo isso! Ele se tornou o fiel da balança. 

Há quem diga que ele quer voltar para o Palácio dos Bandeirantes, com uma banana pro Dória e uma futura aposentadoria. Há quem diga que como vice de Lula e uma eventual vitória do Petista, ano que vem com 77 anos, ele pode ser o sucessor em 2026 e encerrar a carreira no cargo mais alto da política brasileira. Seria ou não seria predestinado?