Agente penitenciário e amante são condenados por tráfico em Caraguatatuba

Dupla foi presa em dezembro de 2021 durante uma operação que investigava a ligação dos agentes com facção criminosa

Redação Band Vale

Acusados entravam com drogas dentro do Centro de Detenção Provisória de Caraguatatuba Divulgação/ SAP
Acusados entravam com drogas dentro do Centro de Detenção Provisória de Caraguatatuba
Divulgação/ SAP

Um agente penitenciário e a amante foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Caraguatatuba nesta terça-feira (18) pelo crime de tráfico de drogas dentro de um presídio do município.

O acusado Marcelo Pimenta Fernandes, que era agente penitenciário, recebeu a pena de 11 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado. A amante, Tatiana Janine Lombardi, foi condenada a oito anos e nove meses, também em em regime inicial fechado.

A denúncia foi realizada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) e recebida pelo TJ na data de 31 de janeiro de 2022. Os acusados já estão presos.

A dupla foi presa em 17 dezembro de 2021, na Rua Maria Barreto da Silva, nº 56, Praia das Palmeiras, em Caraguatatuba, durante a “Operação Proditio”, que investigava o envolvimento de agentes penitenciários com facções criminosas da cidade. Os denunciados foram encontrados com grandes quantias de maconha, papelotes de cocaína. Também foram apreendidos armas e munições no local.

A investigação apontou que os acusados eram amantes e entravam com drogas dentro do Centro de Detenção Provisória de Caraguatatuba para o consumo dos detentos em troca de dinheiro. Na ação, Marcelo confessou a prática do crime, informando que já tinha ingressado com drogas no CDP por pelo menos outras quatro vezes.

O Jornalismo da Band Vale entrou em contato com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) e aguarda um posicionamento sobre o caso.

Defesa de Marcelo

A defesa de Marcelo apresentou alegações finais informando que inexistem provas suficientes à condenação e que inexistiram provas suficientes para comprovar que o acusado estaria inserido em esquema de tráfico de drogas. A defesa ainda alegou que o acusado seria somente usuário de drogas.

Defesa de Tatiana

A defesa de Tatiana apresentou alegações finais informando que inexiste qualquer prova em desfavor da acusada. Sustenta que Marcelo seria proprietário da droga e que não há provas de que a acusada participava do tráfico de drogas. Argumenta que as conversas telefônicas não são suficientes a tal comprovação.

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