Ativistas organizam movimento contra usina termelétrica de Caçapava

Empresa que atua na área de geração de energia elétrica, manifestou interesse em se sitiar no município

Redação Band Vale

Imagem de usina termelétrica Divulgação/ GOV BR
Imagem de usina termelétrica
Divulgação/ GOV BR

Um tema antigo sobre o meio ambiente, as usinas termelétricas de geração de energia, vieram novamente à tona na Região do Vale do Paraíba. Isso porque ativistas estão organizando um movimento contra a instalação de uma usina deste tipo em Caçapava.

De acordo com a prefeitura do município, uma empresa que atua na área de geração de energia elétrica, manifestou interesse em se sitiar no município. A empresa solicitou uma certidão para uso de solo junto à prefeitura, no final do ano passado, e já obteve esse documento.

O secretário municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Clóvis Marcondes, afirma:

“Como o caso dessa empresa de termoelétrica, que é uma coisa mais complexa, com o fator de poluição muito alto, ele é licenciado pelo IBAMA, que é uma escala acima do Estado, é da federação. Ai tem audiências públicas que tem que acontecer, tem um plebiscito porque a lei municipal exige, só que no momento a legislação municipal permite que a empresa seja instalada.” 

A Lei Orgânica de Caçapava exige que, para a instalação da termelétrica na cidade, seja feito um plebiscito na Câmara Municipal, com a aprovação da população.

Usina em São José dos Campos

A São José dos Campos modificou sua legislação no ano passado, e já realizou uma licitação para aproveitamento do biogás utilizado no aterro municipal, como explica o secretário de Urbanismo e Sustentabilidade, Marcelo Manara:

“Foi necessário promover essa modernização para que nós tivéssemos condições de ter no território a chegada de novas tecnologias como o aproveitamento do biogás do aterro sanitário que já vai ser inaugurado gerando quase dois megas que vai compor o blend de energia verde aditável atendendo  aos próprios públicos e a linha verde.” 

Qualidade do ar

Apesar da Prefeitura afirmar que o processo é renovável e limpo, os ambientalistas questionam a adesão desse tipo de geração de energia na região, como explica o biólogo Luiz Eduardo Correa:

“Claro que cada vez é menos drástica a causa primária, porque no início era o petróleo, depois já era o gás e agora cada vez mais dizendo que é menos poluente. Não é menos poluente, como eles falam, é que como é menos denso, a quantidade de carga poluidora que é capaz de emitir é menor, mas se o tamanho do monstro é maior, não muda nada, a carga poluidora vai ser a mesma."

O ambientalista Sulivam Moraes afirma que as condições geográficas da região, para a instalação dessas usinas, pode afetar diretamente o meio ambiente e a qualidade do nosso ar:

“A questão do Vale do paraíba, a geografia da região, por estar entre a serra do mar e a serra da Mantiqueira, a predominância dos ventos aqui são circulares, são ventos que vêm do oceano e circulam aqui, ou seja, não há uma dispersão atmosférica. Toda a dispersão que já ocorre no vale e todas as emissões somadas, permanecem concentrada na nossa atmosfera.”

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