Venus e Serena Williams são duas ícones do tênis, por diversos motivos. Além de serem, indiscutivelmente, duas das principais jogadoras da história, elas triunfaram em um esporte predominantemente branco.
Isso, todo mundo sabe. Mas o que pouca gente sabe (ou sabia) é que antes delas aprenderem a segurar uma raquete, Richard Williams já tinha um plano de 74 páginas prevendo o sucesso das filhas.
Essa é a narrativa de King Richard: Criando Campeãs, longa disponível no HBO Max e que deve estar presente para concorrer a algumas estatuetas no Oscar.
A categoria mais forte é ator. Will Smith faturou o Globo de Ouro interpretando um pai totalmente obcecado pelo sucesso das filhas. Mas de um modo nada convencional.
Ao longo da trajetória que levou as filhas ao estrelato no tênis, Richard Williams bateu de frente com os principais treinadores do mundo. Aqueles que aceitavam treinar Venus (Saniyya Sidney) e Serena (Demi Singleton) tinham que seguir o livreto de 74 páginas.
Não faltaram grandes nomes procurando as duas tenistas após elas estourarem em torneios juvenis, até que Rick Macci (Jon Bernthal) consegue convencê-lo de que é a melhor opção para a dupla.
A grande contradição, que torna Richard Williams um personagem tão divertido de acompanhar, é que apesar de obcecado pelo sucesso das filhas, ele também é louco pela felicidade delas, as blindando de qualquer pressão. Ao seu lado, a esposa Oracene Williams (Aunjanue Ellis) ajuda a colocar seus pés no chão e também tem papel fundamental.
Esse comportamento lhe rendeu declarações polêmicas, como quando disse que os pais de tenistas deveriam ser fuzilados pela cobrança que colocavam sobre seus filhos.