As buscas pelo helicóptero desaparecido que partiu do Aeroporto de Campo de Marte, na cidade de São Paulo, entraram no 5º dia nesta sexta-feira (05). O helicóptero tinha como destino a cidade de Ilhabela, no Litoral Norte. Mais de 30 horas de voo já foram cumpridas.
As buscas começaram por volta das 7h30 da manhã e estão sendo feitas pelo Comando de Aviação da Polícia Militar (CavPM) e pela Força Aérea Brasileira (FAB). O helicóptero desapareceu no domingo (31) com o piloto e três tripulantes.
Histórico do caso
- A decolagem do helicóptero ocorreu no início da tarde de domingo (31) no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral norte. O desaparecimento aconteceu aproximadamente duas horas depois.
- O último contato do piloto com a torre de controle foi em torno das 13h10, enquanto sobrevoava a cidade de Caraguatatuba.
- Segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave - prefixo PRHDB, modelo Robson 44 (cinza e preto) - estava com a situação regularizada.
Sobre as vítimas
Os ocupantes do voo foram identificados como Luciana Rodzewics, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, o amigo da família Rafael Torres e o piloto, cujo nome ainda não foi divulgado. Antes do desaparecimento, Letícia enviou vídeos e mensagens ao namorado, alertando sobre as condições climáticas adversas, mencionando neblina e baixa visibilidade, e expressando sua intenção de retornar.
Piloto teve licença cassada pela ANAC
A ANAC emitiu uma nota nesta quarta-feira (03) a respeito do helicóptero que desapareceu na Serra do Mar, em SP. Em nota, a ANAC afirma que a aeronave desaparecida no Litoral Norte, após contato com o controlador do heliponto de Ilhabela, estava em situação regular.
Com relação ao histórico do piloto, Cassiano Tete Teodoro, que estava à bordo da aeronave, a Agência confirma que ele teve a licença cassada em 2021, por condutas infracionais. A nota ainda confirma que em outubro de 2023, o piloto obteve uma nova licença, após cumprir o prazo da penalidade, que havia sido mantida pela justiça.
A defesa do piloto alega que o fato que gerou a penalidade foi injusto:
“Ocorre que, no momento em que estava realizando o procedimento de taxi, surgiram duas pessoas, sem qualquer identificação visível, acenando para o Piloto. Destaca-se que ausência de colete indicativo da ANAC dificultaria o reconhecimento, uma vez que apenas um crachá ou algo que o valha, não seria adequadamente visualizado pelo piloto, que estava ocupando o cockpit da aeronave. O surgimento de pessoas na pista, após o acionamento da aeronave sobressaltou o piloto, pelo justo temor de acidente, motivo pelo qual achou por bem optar pela decolagem, ainda mais que já tinha autorização da Torre de Controle.”