A Justiça condenou Umberto Vieira Ghilarduccio, tutor do cão Bull Terrier que atacou o Spitz Alemão em São José dos Campos, a 13 dias de prisão, em regime aberto, além de treze dias-multa.
Umberto foi solto em março deste ano, após ser preso em dezembro de 2023, quando estava foragido. O caso aconteceu no Jardim América, zona sul da cidade, em outubro de 2023. O cachorrinho Fox chegou a perder o focinho, passou por procedimentos, mas não resistiu e morreu.
A decisão é de primeira instância e cabe recurso. A defesa de Umberto foi procurada, mas até o momento dessa publicação não recebemos retorno.
Relembre o caso
O homem responsável pela morte do cãozinho Spitz Alemão, Fox, em São José dos Campos, interior de São Paulo, foi preso no dia 14 de dezembro pelos policiais civis do 7º DP da cidade com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais.
O homem estava com um mandado de prisão expedido pelo TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo). Ele estava foragido mas foi encontrado e preso pela equipe policial em Pouso Alegre, Minas Gerais.
Ele recebeu liberdade provisória após decisão do Tribunal de Justiça. A Juíza informou que o crime cometido por Umberto era de menor potencial ofensivo, se tratando de uma contravenção penal ao invés de maus-tratos
Morte do cachorro
O cãozinho Spitz Alemão, Fox, vítima de um violento ataque por um Bull Terrier, no bairro Jardim América, região sul de São José dos Campos, faleceu no dia 25/10, após 16 dias de luta pela vida. “Eu fiz tudo que eu pude. Eu vivi por você todos esses dias. Mas eu não consegui evitar que te arrancassem de mim! Eu te amo, e vou te honrar", diz a publicação feita pelo perfil do animal nas redes sociais na confirmação da morte.
Ataque
O acidente ocorreu em 9 de outubro de 2023. De acordo com a família do cachorro machucado, o ataque foi proposital e incentivado por um vizinho que se irrita com os latidos de Fox.
“Ele passava pela Rua Professor José Antônio Coutinho Condino, acompanhado de seu cão da raça Bull Terrier, e de seu amigo. Como de costume, Bull Terrier passeava sem focinheira. O vizinho tem histórico legal violento e frequentemente ofende outros cães”, afirma a família de Fox.
Por volta das 18h25, após ter ouvido um choro de cachorro, a tutora do Fox, Sueli Okuno, foi até a garagem verificar o que estava acontecendo. Então, ela se deparou com Fox ensanguentado.
O focinho não foi encontrado, havia apenas o sangue derramado por toda a garagem e quintal, e um pedaço da tela protetora do portão derrubada. Os ferimentos causados pelo ataque tiveram sérias consequências para a saúde de Fox, levando a complicações que requereram o uso de uma sonda para alimentação e hidratação, bem como resultando em uma parada cardíaca.
O cão passou por três cirurgias e considerava-se intervenções adicionais para garantir sua recuperação. Em uma delas, uma traqueostomia foi realizada para permitir a respiração do cãozinho.
Lei Fox
A Lei Fox institui regime fechado para quem utilizar animal como ameaça/arma e proíbe a posse de animais ferozes por condenados pela Maria da Penha. O projeto de Lei (PL 5225/2023) foi protocolado na Câmara dos Deputados pelos Deputados Federais Bruno Lima, Matheus Laiola, Fred Costa e Marcelo Queiroz.