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Cidades do Vale do Paraíba relatam falta de medicamentos e insumos hospitalares

Secretários justificam que a situação é reflexo do desabastecimento nas farmácias, e distribuidoras estaduais e nacionais

Redação Band Vale

Dentre os medicamentos em falta, estão diversos anti-inflamatórios e analgésicos
Dentre os medicamentos em falta, estão diversos anti-inflamatórios e analgésicos
Arquivo/Agência Brasil

Os Secretários Municipais de Saúde de 10 cidades do Vale do Paraíba assinaram uma nota informativa relatando a falta de medicamentos e insumos hospitalares na região.

Os secretários justificam que a situação não é causada por falta de planejamento ou desorganização dos municípios, e sim em reflexo do desabastecimento nas farmácias, e distribuidoras estaduais e nacionais. Como afirma o secretário de Saúde de Taubaté, Mário Celso Peloggia:

“Nós secretários aqui da região do Vale do Paraíba nos reunimos frequentemente para avaliar a condição da saúde geral em cada um dos municípios. Chegamos a conclusão que era importante informar a população da situação que está acontecendo em relação a falta de medicamentos. Não é falta de planejamento das prefeituras, não é uma desorganização do setor de compras, e sim falta mesmo de alguns medicamentos de ordem estadual e federal.”

A nota foi assinada pelas cidades de Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal, Pindamonhangaba, Tremembé, Taubaté, São Luiz do Paraitinga, Redenção da Serra, Natividade da Serra e Lagoinha.

Dentre os medicamentos em falta, estão diversos anti-inflamatórios e analgésicos, como o Paracetamol, a Azitromicina, a Loratadina e a Ivermectina. A secretária de Saúde de Pindamonhangaba, Ana Cláudia Macedo, explica o impacto da falta desses medicamentos:

“Resolvemos nos posicionar referente a falta dos medicamentos do componente especializado na assistência farmacêutica, que é um grupo de medicamentos que já vem apresentando as suas faltas a bastante tempo”

“Nos últimos meses essas faltas vem aumentando e impactando cada vez mais os pacientes dos nossos municípios. São medicamentos que são adquiridos pelo ministério da saúde e pelo governo do estado de São Paulo para tratamento das doenças que são pactuadas a níveis de especialidades, e essa falta acaba gerando um impacto direto com os pacientes dentro do município”, completa a secretária.

A Secretaria de Estado da Saúde foi procurada pelo Jornalismo da Band Vale, e informou que, “mais de 5 milhões de pessoas já foram beneficiadas neste primeiro semestre com medicamentos gratuitos distribuídos na rede de saúde”.

Além disso, o estado disse que, dos 307 tipos diferentes de medicamentos distribuídos aos municípios, 60% são de Responsabilidade do Ministério da Saúde, do Governo Federal.

O Ministério da Saúde também foi procurado e não respondeu aos questionamentos da reportagem.

A saída encontrada pelas Prefeituras da região está sendo orientar os médicos a receitar outros tipos de medicamento, como relata o secretário de Saúde de Taubaté, Mário Celso Peloggia:

“Nós trabalhamos para que os médicos das nossas unidades, quando forem prescrever um medicamento para um paciente que procura nossa unidade, ele também tenha conhecimento dessa lista de medicamentos que faltam, e com isso, ele possa prescrever medicamentos alternativos que possam ser indicados em substituição do que está em falta.”