600 Funcionários da GM entram em Layoff, por três meses, a partir desta segunda-feira (08/03). Isso ocorre devido a falta de peças para a montagem dos veículos.
A reportagem da Band Vale questionou as outras duas montadoras da região, Volkswagen, de Taubaté, e Caoa-Chery, de Jacareí, se elas também têm problemas com o fornecimento de peças e a resposta foi negativa.
A Caoa-Chery, por meio nota que “ a produção da fábrica está normal e não há falta de peças no momento’’. A Volkswagen informou que a “equipe local está trabalhando diariamente com os fornecedores para proteger a cadeia de abastecimento e para que não haja necessidade de paralisação de atividades na fábrica de Taubaté”.
E a cadeia produtiva como fica? Eduardo Piloto é conselheiro da Assecre (Associação dos empresários do Chácaras Reunidas) e proprietário de uma empresa que fornece peças para as montadoras do Brasil. O empresário ressalta que o problema das montadoras e das empresas satélites é a falta de matéria prima.
“A gente vê dificuldade com a subida de preço de frete, aumento no prazo de entrega e o que a gente acredita que está acontecendo agora, dentro da cadeia de um automóvel, se faltar um componente, não monta o automóvel. Não importa se é o banco ou a porca que prende a roda. Se não tiver, não termina o carro”, explicou Piloto.
Ele ressalta que paralisações mais planejadas não afetam tanto a cadeia produtiva, mas aquelas rápidas como a da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul, de apenas 20 dias são mais preocupantes.
“Eu já tinha importado matéria prima chinesa, já estava no estoque, já começamos a produzir e aí vem a informação de que não vai montar. Daí produz duas ou três semanas estoque. Não tem caixa para isso e complica a vida”, finalizou.
