A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) aguarda apenas uma aprovação para assumir a área que foi da Fábrica de Motores da Ford, fechada no início do ano passado.
O terreno onde funcionava a fábrica da Ford, tem cerca de um milhão de metros quadrados de área e, após a montadora fechar as portas, em 2021, foi adquirido por uma construtora de imóveis.
Em novembro do ano passado, o jornalismo da Band Vale divulgou com exclusividade a possibilidade da instalação da CSN no espaço.
CSN assume antiga fábrica da Ford
Segundo o prefeito da cidade, José Saud (MDB), a negociação para o início das atividades da Companhia Siderúrgica Nacional está avançada.
Em entrevista ao Jornalismo da Band Vale, ele conta que foi na sede da CSN e conversou com o presidente. A CSN está fazendo uma fusão com a empresa que adquiriu a Ford e, nessa fusão, eles adentram ao terreno. Há uma perspectiva de que a empresa inicie os trabalhos em abril.
Atualmente a transação entre Grupo São José e CSN está em análise no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Serão construídos três galpões. Cerca de 3.500 empregos serão gerados, o que, segundo Saud, fará diferença na cidade.
O que diz a CSN
A Companhia Siderúrgica Nacional não deu detalhes sobre o processo, mas admitiu que tem interesse na área. A companhia afirma ainda que aguarda a negociação e aprovação dos órgãos regulamentadores.
Fechamento da Ford em Taubaté
A Ford anunciou no dia 11 de janeiro de 2021 que encerraria as operações no Brasil, com fechamento das fábricas de Taubaté e de Camaçari, na Bahia. A planta em Taubaté contava com cerca de 800 trabalhadores.
A operação consiste na possível aquisição, pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da fração ideal de 50% de determinados ativos imobiliários da São José Desenvolvimento Imobiliários, localizados no município de Taubaté/SP. Os ativos serão utilizados pela CSN para locação e exploração de galpão industrial já existente no local, a partir de contrato a ser celebrado com uma das empresas de seu grupo econômico, que abrigará uma terceira empresa igualmente integrante de seu grupo econômico.
O que diz o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
A operação consiste na possível aquisição, pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da fração ideal de 50% de determinados ativos imobiliários da São José Desenvolvimento Imobiliários, localizados no município de Taubaté/SP. Os ativos serão utilizados pela CSN para locação e exploração de galpão industrial já existente no local, a partir de contrato a ser celebrado com uma das empresas de seu grupo econômico, que abrigará uma terceira empresa igualmente integrante de seu grupo econômico.
São de notificação obrigatória ao Cade os atos de concentração, em qualquer setor da economia, em que pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 750 milhões e pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 75 milhões.
Desse modo, atos de concentração que atenderem a esses critérios de faturamento só podem ser consumados após autorização da autoridade.
Conforme a legislação, a análise concorrencial de atos de concentração deve ser concluída em até 240 dias. Esse prazo legal pode ser ampliado por mais 90 dias, mediante decisão fundamentada do Tribunal Administrativo do Cade, ou por 60 dias a pedido de advogados das partes.