
A pesquisa mensal realizada pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (NUPES) da Universidade de Taubaté apontou um novo aumento no custo da Cesta Básica Familiar na região do Vale do Paraíba. Em janeiro de 2025, o preço médio da cesta aumentou 0,59% em relação ao mês anterior, passando de R$ 2.825,07 em dezembro para R$ 2.841,80. Essa é a quinta alta consecutiva registrada.
A pesquisa abrange 44 itens essenciais de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica, coletados semanalmente em 16 supermercados nos municípios de São José dos Campos, Taubaté, Caçapava e Campos do Jordão. O estudo baseia-se em uma família padrão composta por cinco pessoas e considera um poder de compra de cinco salários-mínimos, equivalente a R$ 7.590,00.
Variação de preços nas cidades pesquisadas
As quatro cidades pesquisadas registraram aumento nos preços da cesta básica, embora em um ritmo menor do que no mês anterior. São José dos Campos teve a maior variação positiva (+0,97%), enquanto Taubaté apresentou a menor (+0,26%). Campos do Jordão manteve-se como a cidade com a cesta mais cara (R$ 2.891,77), enquanto São José dos Campos registrou o menor custo (R$ 2.779,46), uma diferença de R$ 112,31 entre os dois municípios.
Evolução Anual dos Preços
Nos últimos 12 meses, a cesta básica familiar no Vale do Paraíba teve um acréscimo de 4,18%, o que equivale a um aumento de R$ 112,96. Esse percentual está próximo da inflação nacional medida pelo IPCA-15, que foi de 4,50% no mesmo período.
Entre as cidades, Taubaté teve a maior alta acumulada (+5,06%), enquanto Campos do Jordão apresentou o menor aumento (+2,55%).
Impacto no orçamento familiar
O percentual de renda comprometida com a cesta básica diminuiu de 40,01% em dezembro para 37,44% em janeiro. A redução está relacionada ao reajuste de 7,5% no salário-mínimo, que ampliou a disponibilidade financeira das famílias para outros gastos, como saúde, educação e transporte.
Produtos com Maiores Altas e Quedas
Entre os itens que mais subiram de preço em janeiro, destacam-se:
Cenoura (+27,75%) - Devido à menor oferta causada por chuvas excessivas nas regiões produtoras.
Laranja Pera (+14,78%) - Impactada por seca e pragas nas lavouras.
Café (+9,07%) - Reflexo da redução na safra prevista para 2025.
Carne Alcatra (+6,49%) - Influenciada pela menor oferta de gado para abate e pela alta das exportações.
Por outro lado, alguns produtos registraram quedas significativas:
Batata Inglesa (-15,87%) - Produção elevada devido a condições climáticas favoráveis.
Tomate (-9,80%) - Maior oferta no mercado reduziu os preços.
Cebola (-8,81%) - Expansão da produção no cerrado brasileiro.
Alho (-6,16%) - Influenciado pelo início da colheita em Minas Gerais e Goiás.
Mamão Formosa (-5,20%) - Excesso de oferta contribuiu para a queda nos preços.