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Dança Circular: modalidade que une dança e terapia

Prática terapêutica é utilizada há 7 anos como aliada na saúde e na educação

Por Laboratório da Notícia

Dança Circular em SJC
Dança Circular em SJC
Divulgação FCCR/PMSJC

A dança é mais do que o movimento do corpo, é uma forma de expressar ideias e sentimentos. Muito se fala sobre a estética da dança, já que sempre ao falar em dança lembramos das apresentações e coreografias milimetricamente ensaiadas. Mas existe uma modalidade da dança que além de ser bela aos olhos de quem vê, clareia a mente e o corpo de quem pratica: a Dança Circular. 

O trabalho busca quebrar as métricas tradicionais e conectar quem dança com a sua essência interior. Ela é praticada em círculos, nos quais os participantes dão as mãos e quando reproduzem as coreografias, colocam suas intenções na roda. Nesse formato, todos estão da mesma distância do centro, e por isso é considerada uma prática coletiva.

Em 2017, a Dança Circular se tornou uma prática integrativa. As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir e tratar diversas doenças. Atualmente a modalidade é usada em UBS’s e escolas no país. Em algumas cidades, foi até mesmo adotada como política pública.

A Dança Circular pode ser usada como uma forma de “terapia” já que envolve muitos benefícios para a saúde mental. Entre eles estão, a valorização da empatia, o senso de coletivo, a cooperatividade, a sensação de pertencimento, a sensibilização e a expressão de sentimentos internalizados. 

Os professores de Dança Circular são chamados de focalizadores. João Paulo Pessoa realiza esse trabalho em São José dos Campos e conta que esse movimento é sinônimo de união e cooperação. “O povo brasileiro é um povo dançante, por isso foi muito fácil olhar para essa ideia e abraça-lá.”  Entusiasmado, ele afirma: “Eu falo com muito orgulho, que hoje o Brasil é o país que mais empreende o movimento das Danças Circulares. Seja na educação, na saúde, nas empresas ou praças e parques.” Para ele, a prática incentiva a motivar, se movimentar, interagir e impactar no coletivo. 

João e seu marido, Guataçara Monteiro, que também é focalizador, trouxeram para a região o Festival de Danças Circulares do Vale do Paraíba, que popularizou a expressão na região. “Faz parte da minha vida, é um movimento que agrega e nos faz refletir qual é o nosso papel na sociedade, no coletivo.” 

Guataçara Monteiro fala um pouco mais sobre a Dança Circular como práticas integrativas e seu potencial terapêutico: “As cidades têm investido muito nessa prática. Ao fazer isso, esvaziam-se os postos de saúde e se enchem os salões de dança.” 

A focalizadora Regiane Aparecida, reforça que o principal enfoque dessa prática não é a técnica, e sim o sentimento de pertencimento. “É indicada para qualquer pessoa. Nos tempos atuais, quando as pessoas buscam harmonizar as diferenças, este tipo de proposta cai como uma luva”. Regiane conta ainda que a dança prepara o ser humano para um momento de paz e reflexão. 

Bete Kobayashi é jornalista e professora e pratica a Dança Circular há cerca de 10 anos. “É uma atividade que promove, além do bem-estar físico, um bem estar mental e também trabalha equilíbrio e memória. E é bem democrática, todos podem participar.” Além disso, para ela um grande benefício são as companhias. “Fiz muitas amizades depois que comecei a frequentar as rodas.”

Saiba onde encontrar as rodas de Dança Circular de forma gratuita no Vale:

Campos do Jordão 
Local: Antiga ACM
Todo 3° domingo do mês
10h

Guaratinguetá
Local: Parque Ecológico Municipal Anthero dos Santos
Todo 2° domingo do mês
10h 

Jacareí 
Local: Cras Centro e Cras Oeste
De 15 em 15 dias
As terças-feiras
9h

Pindamonhangaba
Local: Parque da Cidade
Todo 1° sábado do mês
16h30

Local: Bosque da Princesa
Todo 1° domingo do mês
10h

São José dos Campos
Local: Parque Vicentina Aranha
Todo 3° sábado do mês
10h 

Local: Praça Rubens Castilho
Todo 1° domingo do mês
10h 

Taubaté
Local: Parque Jardim das Nações
Todo 4° domingo do mês
10h

Tremembé
Local: Horto Florestal 
Todo 3° sábado do mês
16h30

Por Júlia Maganin
Estagiária* - projeto sob supervisão de Nelson Gazolla MTb: 74.409/SP
Direção de Conteúdo - Cláudio Nicolini

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