Zelar pelo meio ambiente é uma discussão que já faz parte da agenda global, envolvendo países, órgãos reguladores e diversas instituições. No mundo corporativo, não é diferente. Muitas empresas têm refletido sobre seu papel na sociedade, buscando negócios mais sustentáveis e contribuindo para um planeta mais verde. É o caso da BASF que, em Guaratinguetá (SP), administra uma floresta corporativa em seu maior Complexo Químico na América do Sul. Foi ali, há 40 anos, que nasceu o Programa Mata Viva®, e hoje, no Dia da Árvore, a companhia celebra a marca de mais de 350 mil árvores plantadas no local desde então.
A iniciativa começou em 1984 com uma exigência legal que se transformou em uma estratégia da empresa ao restaurar matas ciliares às margens do Rio Paraíba do Sul, onde está localizada sua fábrica. Ao todo, cerca de 45% (170 hectares) dos 382 hectares ocupados pela companhia na cidade são dedicados à restauração e conservação da Mata Atlântica.
“Ações voltadas para o meio ambiente precisam ser consistentes, de longo prazo e que tragam um futuro sustentável para todos", destaca a consultora de Sustentabilidade da BASF, Mariana Sigrist. O espaço se tornou a maior área verde urbana do município. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 12 m² de vegetação por habitante e o Mata Viva trouxe à cidade um índice de quase 17 m² por habitante, acima do ideal. "É gratificante ver que iniciativas como o Mata Viva® podem transformar não só o meio ambiente, mas também a qualidade de vida das pessoas", acrescenta.
E não é só a vegetação que voltou a florescer. A partir do crescimento da flora ao redor da fábrica, também foi possível observar um outro fenômeno acontecer: espécies de répteis, anfíbios e mamíferos nativos encontraram na floresta um ambiente adequado para suas novas casas.
O sucesso do Programa Mata Viva® se expandiu para várias outras fábricas da empresa, incluindo as unidades localizadas nas cidades de Jacareí, Santo Antônio da Posse e São Bernardo do Campo, todas no Estado de São Paulo, além de ter agregado outras vertentes como um programa de compensação de emissões e parcerias com produtores rurais o que, somado, resultou no plantio de mais de 1,32 milhões de mudas.
"As inovações promovidas e a expansão do programa para outros municípios mostra que iniciativas como esta podem ser replicadas com sucesso, promovendo benefícios ainda maiores, de grande escala", afirma Mariana.
Ao assinar o Acordo de Paris, o Brasil está se comprometendo a restaurar de 12 milhões de hectares de florestas, e as áreas verdes privadas podem contribuir significativamente para a contabilização dessa meta, inclusive.
“Quanto mais empresas incentivarem projetos de conservação e restauração florestais no Brasil, melhor será o cenário futuro frente às consequências indesejáveis das mudanças climáticas”, complementa Mariana.
Além de contribuir localmente, as florestas corporativas, como o Programa Mata Viva®, são essenciais no contexto ambiental do Brasil. Iniciativas privadas de áreas verdes são fundamentais para ajudar a alcançar essa meta, sendo crucial o incentivo de empresas ao desenvolvimento de projetos de conservação e restauração florestal para a construção de um futuro sustentável.