As buscas pelo corpo do escoteiro Marco Aurélio, que desapareceu durante uma trilha, em 1985, no Pico dos Marins, em Piquete, interior de SP, chegaram ao 3º dia. A operação está a cargo da Delegacia Seccional de Guaratinguetá, que além de policiais civis da região irá contar com peritos do Instituto de Criminalística do setor de arqueologia de São Paulo e do Corpo de Bombeiros.
As equipes de buscas utilizam um drone de última geração com tecnologia alemã;. O drone tem um radar embarcado e três antenas, sendo uma delas da BANDA P, que emite uma onda que consegue vasculhar até 50m abaixo da terra. As buscas são realizadas em movimentos circulares, com o drone passando várias vezes pelo mesmo local, para garantir melhor qualidade de imagens.
Como drones podem ajudar?
Drones podem ser ferramentas valiosas para identificar e mapear locais com características suspeitas de covas ou sepulturas clandestinas, especialmente em situações de busca e investigação. Aqui estão algumas maneiras como um drone pode ser usado nesse contexto:
Fotografia aérea de alta resolução: Os drones podem ser equipados com câmeras de alta resolução que capturam imagens detalhadas do terreno. Essas imagens aéreas podem revelar irregularidades no solo, como áreas recém-detestadas, escavações recentes ou depressões que podem indicar a presença de uma cova.
Imagens termográficas: Alguns drones estão equipados com câmeras infravermelhas que podem detectar variações sutis de temperatura no solo. Isso pode ser útil para identificar diferenças de calor entre o solo e possíveis objetos enterrados, como corpos ou materiais de construção usados para ocultar uma cova.
Sensoriamento remoto: Além das câmeras visuais e infravermelhas, os drones podem transportar sensores específicos para detectar substâncias químicas ou gases liberados por decomposição orgânica. Esses sensores podem ser usados para identificar áreas onde pode haver uma atividade suspeita.
Mapeamento 3D: Drones também podem criar modelos tridimensionais do terreno usando técnicas de mapeamento por drones (fotogrametria). Isso permite uma análise mais detalhada da topografia e pode revelar padrões que não são visíveis em imagens 2D.
Acesso a áreas de difícil alcance: Em locais de difícil acesso, como florestas densas, terrenos montanhosos ou áreas alagadas, os drones podem sobrevoar e coletar dados sem a necessidade de equipes de busca no solo, tornando as operações mais seguras e eficientes.
CONFIRA AS IMAGENS DO DRONE UTILIZADO NAS BUSCAS:
Porque as buscas foram retomadas?
Segundo a Polícia Civil, as buscas foram retomadas após novas imagens de drones tecnológicos apontaram novos locais com características de covas, onde restos mortais poderiam estar encerrados.
Relembre o caso do escoteiro desaparecido
O episódio teve início em 8 de junho de 1985, quando Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon, um jovem escoteiro de 15 anos, desapareceu durante uma excursão ao Pico dos Marins, no município de Piquete, São Paulo.
Para tentar encontrar o garoto, foi mobilizada uma das maiores equipes de buscas já vistas no Brasil. No entanto, apesar dos esforços incansáveis das autoridades e voluntários, Marco Aurélio nunca foi encontrado. O mistério só se aprofundou com o passar dos anos.