Estudantes de medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU) voltaram a protestar nesta terça-feira (18) devido à situação dos atendimentos no Hospital Municipal do município, o HMUT. É o segundo protesto em menos de uma semana.
Os manifestantes afirmam que os atrasos no repasse de verba estão afetando os atendimentos no hospital. A?dívida da prefeitura com a saúde pública?é milionária.
Os estudantes afirmam que a não realização dos atendimentos ambulatoriais e eletivos prejudica o aprendizado e o atendimento à população. Já os representantes da prefeitura e da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) afirmaram que o atraso não afetará o internato e a residência médica.
Na última semana, o grupo já tinha se manifestado contra a redução nos serviços em frente ao HMUT. Já nesta terça (18), o protesto foi em frente à Prefeitura. O vice-presidente do diretório acadêmico de medicina da UNITAU, Lucas Maia, explica porque os estudantes decidiram fazer a segunda manifestação.
“O motivo desse protesto, diferente da última sexta (14) que o foco era conscientizar a população, foi mostrar a nossa indignação para a Prefeitura. Esperávamos que devido ao tempo, e por causa do ato no hospital, mesmo sendo pacifico e que tivesse uma proposta mais silenciosa, tivesse surtido efeito. Até agora só houveram reuniões frustradas, promessas vagas e repasses financeiros pouco resolutivos por parte da Prefeitura, nos vimos no dever de nos reunirmos novamente e fazer um ato para nos manifestarmos para cobrar respostas mais solidas”.
Segundo o prefeito José Saud o atraso nos pagamentos ocorreu "por insuficiência financeira, em razão de acordos administrativos resultantes de despesas de gestões anteriores". No início do mês, a Prefeitura realizou um pagamento parcial da dívida.
Mesmo assim, o vice-presidente do diretório acadêmico de medicina da UNITAU, Lucas Maia, afirma que novos protestos podem acontecer futuramente.
“Se necessário faremos mais manifestações em breve. Sabemos que a solução se encontra a longo prazo. Muito provavelmente não surgirá agora. Mas queremos garantir que conversas nesse sentido com a administração do hospital serão feitas e que possamos vislumbrar um futuro melhor para todos nesta questão”.
A SPDM afirma que está em contato com a Prefeitura de Taubaté para resolver a questão de modo que colaboradores, estudantes e atendimentos do hospital não sejam prejudicados.