O Tribunal de Justiça (TJ), a pedido da Polícia Civil, determinou a quebra do sigilo bancário e o bloqueio de contas de cinco empresas que realizaram transferências financeiras para a influenciadora Larissa Rozendo Fonseca, de São José dos Campos, interior de São Paulo. A influenciadora está sendo investigada por divulgar o ‘Jogo do Tigrinho’, um jogo de azar.

Segundo a investigação, Larissa Rozendo enriqueceu substancialmente promovendo o 'Jogo do Tigrinho'. A Polícia Civil apurou que a influenciadora obteve grandes quantias em dinheiro e experimentou uma rápida ascensão patrimonial, adquirindo carros de luxo, motoaquáticas e uma casa de luxo avaliada em mais de R$ 2 milhões no bairro Urbanova.

O caso está sendo conduzido pela 3ª Delegacia de Investigações Sobre Fraudes Financeiras e Econômicas, na capital paulista. No fim de julho, a delegacia fez uma representação solicitando a quebra do sigilo bancário de empresas e o bloqueio de contas bancárias ligadas ao caso. 

O pedido foi apresentado ao TJ, e a 2ª Vara Criminal do Foro de São José dos Campos acatou a solicitação parcialmente, determinando a quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas de cinco empresas que supostamente fizeram pagamentos para a influenciadora.

Essas empresas, conhecidas como ‘Gateway’, podem não ser a fonte original do dinheiro, mas são responsáveis pelo repasse das quantias. A Polícia Civil solicitou a quebra do sigilo bancário dessas empresas para rastrear a origem dos fundos transferidos para Larissa.

Investigação do "Jogo do Tigrinho"

No dia 16 de junho, Larissa Rozendo Fonseca, uma influenciadora digital de 20 anos com mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, foi alvo de uma operação da Polícia Civil contra jogos de azar em São José dos Campos (SP). A investigação da Polícia Civil revelou que Larissa, por meio da promoção de jogos de azar, acumulou vultuosas quantias em dinheiro e adquiriu bens de luxo, incluindo carros, uma motoaquática e uma casa avaliada em mais de R$ 2 milhões em um condomínio no bairro Urbanova.

A Polícia Civil investiga Larissa por crimes contra o consumidor, relações de consumo, economia popular, lavagem de dinheiro e contravenção penal por divulgar jogos de azar nas redes sociais, como o ‘Jogo do Tigrinho’. O mandado de busca e apreensão foi autorizado pela 2ª Vara Criminal de São José dos Campos, que também decretou a quebra do sigilo dos dados do material apreendido e o bloqueio imediato do perfil de Larissa no Instagram.

Após a operação, Larissa se manifestou nas redes sociais, afirmando que estava bem, mas sem fornecer detalhes sobre a investigação. O "Jogo do Tigrinho" é uma espécie de cassino online que promete ganhos financeiros, considerado um jogo de azar pela Lei de Contravenções Penais, pois o resultado depende exclusivamente da sorte. A investigação continua, e novas informações poderão surgir à medida que a Polícia Civil avança na apuração dos fatos.

"Jogo do Tigrinho"

Conhecido no Brasil como o “Jogo do Tigrinho”, o “Fortune Tiger” é um simulador de caça-níquel tradicional. A disseminação de cassinos online tem se mostrado um problema cada vez maior e mais complexo para as autoridades brasileiras e a ilegalidade não impede o fácil acesso aos jogos de azar.

A ausência de uma regulamentação específica e o fato de as operadoras destas plataformas atuarem fora do país dificulta a punição dos verdadeiros responsáveis. Jovens estão entre os mais suscetíveis a desenvolver o vício em apostas. E relatos de brasileiros nessa situação se tornaram comuns.