Justiça nega pedido de anulação da cassação da ex-prefeita Flávia Pascoal (PL)

mandato de Flávia Pascoal (PL) foi cassado pela mesa diretora da Câmara Municipal de Ubatuba no dia 29 de maio

Redação Band Vale

Justiça nega pedido de anulação da cassação da ex-prefeita Flávia Pascoal (PL)
Prefeita Flávia Pascoal | Ubatuba
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A Justiça negou, nesta quinta-feira (22), o segundo pedido de liminar para anular o decreto legislativo que cassou o mandato da agora ex-prefeita de Ubatuba, Flávia Pascoal (PL). 

A juíza Marta Andréa Matos Marinho indeferiu o pedido de liminar. No documento, ela afirma que “as demais questões fáticas elencadas relativas a nulidades procedimentais do processo político-administrativo de cassação são todas objetos dos mandados de segurança nº 1001520-89.2023.8.26.0642, 1001607-45.2023.8.26.0642, 1001905-37.2023.8.26.0642 e 1002152-18.2023.8.26.0642, nos quais se deduz pretensões anulatórias do mesmo procedimento administrativo, sendo evidente a litispendência, razão pela qual não devem ser conhecidas na presente ação. Ante o exposto, indefiro o pedido de tutela de urgência”.

No documento, a defesa da ex-prefeita ressalta que nada de concreto foi demonstrado ao longo do processo administrativo e há ausência de elementos de prova mencionados no relatório final da comissão processante e pelas provas testemunhais colhidas. 

A defesa conclui que “não há justa causa para a cassação, posto que não houve qualquer pagamento, bem como a autora não praticou nenhum ato no processo de licitação, pois existe instrumento de descentralização e as testemunhas ouvidas nas audiências realizadas em 27/04/2023 e em 08/05/2023 afirmaram que a Prefeita não interferiu em qualquer das fases do procedimento licitatório”.

A Band Vale entrou em contato com o advogado da ex-prefeita e assim que houver um posicionamento iremos atualizar esta matéria. 

Histórico 

Em uma sessão extraordinária realizada em 29 de maio de 2023, o mandato de Flávia Pascoal (PL) foi cassado pela mesa diretora da Câmara Municipal de Ubatuba. No entanto, a decisão foi contestada pela ex-prefeita por meio de um mandado de segurança impetrado contra Eugenio Zwibelberg, presidente da Câmara Municipal.

No mandado de segurança, Flávia Pascoal alega que a sessão extraordinária, que resultou na cassação de seu mandato, foi marcada por uma série de irregularidades que violaram o devido processo legal, em especial o direito à ampla defesa. Ela afirma que sua nova defesa técnica constatou que os advogados anteriores foram notificados por e-mail sobre a sessão de julgamento apenas no dia anterior ao evento, sem tempo hábil para se prepararem adequadamente.  

Flavia Pascoal argumenta que, diante da mudança da banca de advogados e da solicitação de suspensão da sessão para garantir o exercício pleno de sua ampla defesa, a defesa entrou em contato com um servidor da Câmara Municipal para obter a suspensão da sessão, mas não recebeu resposta satisfatória. 

Ela ainda ressalta que tentou contato com membros do Poder Legislativo e funcionários da Câmara Municipal, mas não obteve uma resposta adequada a tempo de permitir a presença de sua nova equipe de advogados na sessão.

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