Justiça suspende demissões em massa da Ford em Taubaté

Decisão foi expedida na última sexta-feira, 5, após pedido do Ministério Público do Trabalho

Redação Band Vale

Planta da Ford em Taubaté  Divulgação
Planta da Ford em Taubaté
Divulgação

A Justiça do Trabalho suspendeu as demissões em massa nas fábricas da Ford de Taubaté (SP) e Camaçari (BA). As liminares foram expedidas na sexta-feira (5) após pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT). Cabe recurso.

Em Taubaté, a decisão é da juíza da 2ª Vara do Trabalho, Andréia de Oliveira. Ela determinou que a montadora não realize desligamentos até concluir as negociações com os sindicatos.

A Justiça também determinou que a Ford continue o pagamento de salários e licenças durante as negociações. A liminar também proíbe a empresa de vender máquinas ou bens da unidade, assim como de fazer a remessa de valores ao exterior. A Ford pode pagar multa de R$ 500 mil por item descumprido da liminar e mais R$ 100 mil por funcionário atingido ou por máquina ou bem removido.

 

A Justiça ordenou que a montadora entregue ao Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), em até 15 dias, todas as informações que sejam necessárias às negociações e tomadas de decisão. Estabeleceu ainda que a Ford apresente, em até 30 dias, um cronograma de negociação conjunta com o Sindicato.

Fechamento da Ford
A Ford anunciou no dia 11 de janeiro o fechamento das fábricas em Camaçari (BA), onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller. A planta de Taubaté da montadora americana emprega 830 pessoas.

Segundo a Ford, o encerramento da produção nas três cidades afetará cerca de 5 mil funcionários, mas o MPT estima que mais de 122 mil pessoas podem perder o emprego, considerando a cadeia de fornecedores de peças e serviços à companhia.

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