No momento mais crítico da pandemia da Covid-19, o vírus parece, no entanto, não circular entre os moradores de rua de duas das principais cidades da região Metropolitana do Vale do Paraíba: São José dos Campos e Jacareí.
Dados das secretarias de assistência social dos municípios mostram que na atual gestão não há infectados entre aqueles que vivem nas ruas. São 82 dias sem a manifestação da doença.
Em São José dos Campos houve sintomas da Covid-19 em moradores de rua que procuram os abrigos da prefeitura, mas não casos confirmados conforme destaca o secretário de apoio social ao cidadão, Antero Alves Baraldo.
“Não, não houve. O que houve, se eu não me engano, foi um ou dois casos de pessoas abrigadas que estavam com sintomas muito leves, mas como eu disse, essas pessoas são monitoradas diariamente por toda equipe responsável pelos equipamentos de abrigamento. Quando é constatado sintomas, por mais leve que seja, todas as providências são adotadas e é feito o encaminhamento a UBS para fazer a testagem e encaminhamento para a UPA quando ocorre um sintoma um pouco mais grave, que não aconteceu graças a Deus”, relatou o secretário.
Em Jacareí não é diferente. A cidade também faz esse monitoramento nas casas de abrigo, mas não há confirmações ressalta a secretária de assistência Social, Juliana da Fênix.
“Por incrível que pareça é uma população que a gente não tem caso confirmado de Covid. Às vezes quando chega para a gente é (caso) suspeito na casa de passagem. Não tem nessa classe de pessoas ninguém com Covid. Não chega pra gente, nem na Santa Casa nem, nos equipamentos pessoas com Covid”, contou a secretária.
A reportagem questionou a secretária se isso acontece porque não há aglomeração entre a população de rua e ela deu o seguinte panorama sobre o que acontece.
“Quando eles estão ali bebendo, fazendo a ceia juntos tem sim há assim fazer a filha deles juntos não tem tanto distanciamento não. Você pode ver nas marquises das cidades que eles estão bem próximos. Pode olhar em São José, Jacareí. Isso é comum em todas as cidades, explicou Juliana da Fênix.
Os secretários revelaram que o número de pessoas que não são da cidade, os chamados “trecheiros” (aqueles que estão de passagem) teve aumento considerável nos últimos meses.