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Operação contra "ninjas" que teve 15 presos começou após prisão de agente penitenciário de Tremembé

Investigação aponta que a facção movimenta R$ 1 milhão ao mês no Pemano, em Tremembé

Rauston Naves, Vale Urgente

Organograma dos "ninjas" de Tremembé, de acordo com a Polícia Civil
Organograma dos "ninjas" de Tremembé, de acordo com a Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

Uma megaoperação desencadeada pela DEIC (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Taubaté resultou na prisão de 15 pessoas suspeitas de integrarem a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

As prisões foram feitas por policiais civis na cidade de Taubaté e em São Paulo com apoio do BAEP (Batalhão de Ações Especiais) da PM. O objetivo é coibir ações de "ninjas".

"As ações dos ninjas ficaram em evidência após a prisão de um agente penitenciário em fevereiro deste ano. Antes dos ninjas, as drogas eram enviadas via correio", disse o Delegado da DISE, André Costilhas.

Segundo a polícia, o agente seria um facilitador da entrada de entorpecentes e celulares na unidade prisional. Ele permanece preso temporariamente.

"Ninja é um nome dado pela própria facção às pessoas responsáveis pelo envio [arremesso], de produtos ilícitos para presídios. Existem ninjas membros do PCC e outros que são recrutados e que ganham dinheiro pelo serviço", explicou Horácio Campos, Delegado Titular da DEIC.

O principal alvo da quadrilha é o Pemano, o presídio Edgar Magalhães Noronha em Tremembé. A investigação aponta que a movimentação financeira da facção na unidade chega a R$ 1 milhão ao mês.

As investigações prosseguem.

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