PF deflagra operação contra fraudes fiscais em cidades do Vale do Paraíba

Polícia Federal apura sistema que burlava fisco e gerou prejuízo de R$ 80 milhões à União

Redação Band Vale

PF deflagra operação contra fraude à execução em cidades do Vale do Paraíba Divulgação/Polícia Federal
PF deflagra operação contra fraude à execução em cidades do Vale do Paraíba
Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão no Vale do Paraíba, nesta quarta-feira (13), que fazem parte da Operação Jambo. 

A PF apura crimes de fraude à execução e outros delitos, que teriam sido praticados por empresas sediadas na região. Segundo a Polícia, elas fazem parte de um mesmo grupo econômico que atua no segmento de caldeiraria e usinagem.

Foram cumpridos mandados em São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Jambeiro, no Vale do Paraíba, além de Osasco e Embu das Artes. Os policiais foram nas sedes das empresas e nas casas dos envolvidos.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início após a PF ter sido comunicada sobre autuação da empresa matriz do grupo econômico, pela Receita Federal, por dívida tributária. Houve decretação de bloqueio judicial em contas bancárias da empresa e dos seus sócios, no processo de execução fiscal.

“Para se eximir da obrigação tributária perante o fisco e a Justiça, os envolvidos iniciaram uma série de procedimentos fraudulentos, mediante a criação de novas empresas e a reativação de antigas, todavia, com alteração de objetos sociais, além da nomeação de herdeiros e outros como responsáveis por estas, de modo que o patrimônio das empresas e dos descendentes dos envolvidos permanecessem blindados”, detalhou a PF em nota.

A investigação aponta ainda que algumas das empresas desse grupo não tinham sedes físicas ou lastro patrimonial e os sócios não tinham qualificação profissional ou condição financeira para exercer a atividade inerente.

Mesmo com novo bloqueio judicial, atingindo um número maior de empresas e sócios, a prática não diminuiu. Segundo a PF, o grupo tem uma dívida junto à União Federal de cerca de R$ 80 milhões.

Os investigados podem responder por fraudar execução, crimes contra a ordem tributária e promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa.

Os nomes das empresas  ainda não foram divulgados pela Polícia Federal.

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