Polícia Civil identifica outros 4 participantes do ataque ao assentamento do MST em Tremembé

Equipe de investigação do caso foi reforçada com mais dois delegados e mais 10 investigadores, e agora conta com 30 policiais

Redação Band Vale

Polícia Civil identifica outros 4 participantes do ataque ao assentamento do MST em Tremembé
Assentamento alvo de ataque, em Tremembé
MST Vale do Paraíba

A Polícia Civil informou na manhã desta sexta-feira (17), que identificou outros quatro participantes do ataque ao assentamento do MST em Tremembé, no interior de São Paulo. Além disso, a equipe de investigação do caso foi reforçada com mais dois delegados e mais 10 investigadores, e agora conta com 30 policiais.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, a investigação então está muito avançada. A identidade dos suspeitos ainda não foi divulgada.

A Polícia Civil já prendeu um suspeito identificado como mandante do crime, conhecido como "Nero". Ele teve a prisão temporária decretada no domingo (12) e está detido no Centro de Triagem. Outro suspeito, com mandado de prisão expedido, segue foragido.

Ainda nesta semana, um carro, suspeito de ter sido usado no ataque ao assentamento foi apreendido pela polícia no bairro Piratininga, em Taubaté. O automóvel estava escondido em meio a vegetação de um terreno. 

Além disso, por determinação do procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) vai reforçar a investigação do caso.

Atentado no assentamento do MST em Tremembé

Segundo o boletim de ocorrência, os criminosos chegaram em cinco carros e três motos e dispararam contra as pessoas que estavam no local. O caso foi no assentamento Olga Benário. Gleison Barbosa Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 53, que era líder do assentamento, foram mortos no local. Outras cinco pessoas ficaram feridas e seguem internadas

As vítimas foram veladas no domingo de manhã no cemitério municipal de Tremembé. À tarde, os homens foram ser cremados no Memorial Sagrada Família. O ministro Paulo Teixeira e a ministra de Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participaram do velório. Segundo a ministra, o programa de proteção de direitos humanos e ambientais vai começar a ouvir hoje as famílias do assentamento. A equipe do MDHC está montando a agendar das visitas com o MST. Essa informação ainda será divulgada.

Segundo o MST, há anos o assentamento Olga Benário é alvo de uma disputa imobiliária para o turismo de lazer. O movimento disse que as famílias que vivem no local sofrem ameaças e que diversas denúncias já foram feitas.

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