A Polícia Civil iniciou na manhã desta quarta-feira (20) o terceiro dia de buscas pelo corpo do escoteiro Marco Aurélio, que desapareceu durante uma trilha, em 1985, no Pico dos Marins, em Piquete, interior de SP.
As buscas foram retomadas após novas imagens de drones tecnológicos apontarem novos locais com características de covas, onde restos mortais do escoteiro poderiam estar encerrados.
A operação está a cargo da Delegacia Seccional de Guaratinguetá, que além de policiais civis da região irá contar com peritos do Instituto de Criminalística do setor de arqueologia de São Paulo e do Corpo de Bombeiros.
O que foram coletados até o momento?
Os especialistas em arqueologia do Instituto de Criminalística (IC) estão atualmente conduzindo investigações nos locais apontados como possíveis locais de sepultamento de ossos humanos. Nesse processo, eles estão realizando uma minuciosa triagem do solo, devido à possibilidade de que os ossos possam ter se deteriorado ao longo dos anos de decomposição.
Dezenas de amostras foram coletadas e serão enviadas para a sede do IC na capital, onde passarão por análises para determinar se o material em questão é, de fato, de origem humana. Em caso afirmativo, serão realizados exames de DNA para confirmar se os ossos pertencem a Marco Aurélio.
Drones
Drones podem ser ferramentas valiosas para identificar e mapear locais com características suspeitas de covas ou sepulturas clandestinas, especialmente em situações de busca e investigação. Aqui estão algumas maneiras como um drone pode ser usado nesse contexto:
Fotografia aérea de alta resolução: Os drones podem ser equipados com câmeras de alta resolução que capturam imagens detalhadas do terreno. Essas imagens aéreas podem revelar irregularidades no solo, como áreas recém-detestadas, escavações recentes ou depressões que podem indicar a presença de uma cova.
Imagens termográficas: Alguns drones estão equipados com câmeras infravermelhas que podem detectar variações sutis de temperatura no solo. Isso pode ser útil para identificar diferenças de calor entre o solo e possíveis objetos enterrados, como corpos ou materiais de construção usados para ocultar uma cova.
Sensoriamento remoto: Além das câmeras visuais e infravermelhas, os drones podem transportar sensores específicos para detectar substâncias químicas ou gases liberados por decomposição orgânica. Esses sensores podem ser usados para identificar áreas onde pode haver uma atividade suspeita.
Mapeamento 3D: Drones também podem criar modelos tridimensionais do terreno usando técnicas de mapeamento (fotogrametria). Isso permite uma análise mais detalhada da topografia e pode revelar padrões que não são visíveis em imagens 2D.
Acesso a áreas de difícil alcance: Em locais de difícil acesso, como florestas densas, terrenos montanhosos ou áreas alagadas, os drones podem sobrevoar e coletar dados sem a necessidade de equipes de busca no solo, tornando as operações mais seguras e eficientes.