Endividado, o Vôlei Taubaté pode deixar de participar de competições oficiais na temporada entre 2021 e 2022. O secretário de Esportes de Taubaté, Lucas Dominoni participou do programa Os Donos da Bola Vale da última quinta-feira (8) e falou sobre a situação (veja no vídeo acima). As informações são da jornalista Larissa Muradi.
Segundo Dominoni, a equipe tem uma dívida alta. Na última temporada, manter o elenco que venceu a Superliga Masculina pela segunda vez custou cerca de R$ 1 milhão por mês. O investimento do poder público foi cerca de R$ 4 milhões ao longo de todo o ano.
“Vamos manter o aporte que foi feito na temporada anterior para esse ano, para fazer a manutenção da equipe para que possa fazer um projeto enxuto, sustentável. Para que aí sim, na temporada seguinte, a gente pudesse fazer a redução que precisamos fazer em termos de recursos públicos”, explicou Dominoni.
A dívida do Taubaté se arrasta ao longo de anos. A equipe fazia acordos com os atletas ao final das temporadas para que assinassem o fair play financeiro, com a promessa de que os valores devidos seriam quitados.
O problema é que para esta temporada, os atletas se recusam a assinar o fair play até que a dívida seja, realmente, quitada. O documento precisa ser entregue à CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) até 15 de julho.
Iniciado em 2013, o projeto do Vôlei Taubaté trouxe um time de alto rendimento ao município do Vale do Paraíba. Ao longo deste período, o Taubaté faturou seis vezes o Campeonato Paulista e duas vezes a Superliga.
Os principais jogadores do Brasil passaram pela equipe neste período, sendo que no ouro olímpico de 2016, dois dos destaques estavam contratados pelo Taubaté: Lucarelli e Wallace.
Para este ano, já estava prevista uma base mais enxuta, mas com alguns atletas de destaque seguindo no time, como o levantador Rapha, principal ídolo do clube. Mas nesse cenário de incertezas, até Rapha, com proposta do vôlei italiano, pode deixar o time.