TJ mantém liberdade provisória de condenados pela morte de Jaqueline Barros

Crime aconteceu em maio de 2017

Redação Band Vale

TJ mantém liberdade provisória de condenados pela morte de Jaqueline Barros
TJ mantém liberdade provisória de condenados pela morte de Jaqueline Barros
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Nesta quarta-feira (18), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a liminar que autoriza o médico Gustavo André Costa de Sá e Camila Faria Minamissawa a responderem o processo em liberdade. Eles foram condenados pela morte da vendedora Jaqueline Barros

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ingressou com um pedido contra a liminar que já havia sido concedida em setembro deste ano. O TJ havia concedido liberdade provisória aos condenados.

O advogado Ary Bicudo, que faz a defesa de Gustavo e Camila, disse que já esperava essa decisão desde a época do júri em São José dos Campos. 

A Band Vale entrou em contato com o MPSP e aguarda um posicionamento.

Condenação

O médico Gustavo André da Costa de Sá, acusado de mandar matar a ex-esposa Jaqueline Barros em 2017, foi condenado a 32 anos de prisão após julgamento que ocorreu no dia 13 de setembro no Fórum de São José dos Campos.

As outras duas mulheres envolvidas no caso, Camila Faria Minamissawa (que era companheira de Gustavo na época do assassinato) e Jéssica Cristina Viana tiveram penas de 20 e 8 anos respectivamente.

Os executores do crime já foram condenados pela Justiça em 2020. Maycon Wesley da Silva de Jesus foi condenado a 26 anos de prisão por ter matado a tiros a vendedora. Ana Claudia de Costa Lima, companheira de Maycon, foi condenada a 20 anos no regime fechado.

O crime

No dia 8 de maio de 2017, um homem entrou na loja onde Jaqueline trabalhava, sob a fachada de um cliente comum. Ele se aproximou e disparou três tiros, sendo que dois deles atingiram fatalmente o rosto da vítima. Ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

O atirador e a companheira foram identificados graças a uma câmera de segurança próxima à cena do crime. Eles foram presos três meses após o homicídio e, durante os interrogatórios policiais, confessaram que o assassinato foi encomendado por Gustavo, pelo valor de R$ 7 mil.

Posteriormente, a arma utilizada no crime foi encontrada no telhado da casa de Gustavo, o que levou à sua prisão cerca de uma semana depois. No entanto, ele foi posto em liberdade um mês após a prisão inicial e tem desde então interposto recursos na Justiça em tentativa de evitar o julgamento.

A investigação da polícia revelou que o motivo por trás do ato foi uma disputa judicial no processo de divórcio entre Jaqueline e Gustavo. Jaqueline dependia financeiramente do ex-marido e havia conseguido uma pensão alimentícia. A dívida de Gustavo com a vítima totalizava R$ 30 mil.

A participação do ex-marido de Jaqueline e de sua companheira foi confirmada pela polícia após a descoberta da arma do crime no telhado da casa do casal em São José dos Campos. Outro indício foi um comprovante de depósito bancário feito da conta de Gustavo para a conta da avó de uma das suspeitas.

No dia do assassinato, o ex-marido de Jaqueline foi baleado horas após o crime. Ele relatou às autoridades policiais que reagiu a uma tentativa de assalto e foi ferido pelos criminosos.

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