
Os trabalhadores da Embraer rejeitaram o fim do home office, anunciado pela empresa nesta semana, e exigiram que haja negociação sobre o tema. A votação aconteceu em assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, na manhã desta quinta-feira (13), na unidade Faria Lima.
Durante a assembleia, funcionários reivindicaram também, que qualquer mudança pleiteada pela Embraer seja feita apenas em 2026. Nesta semana, a fabricante de aviões com sede em São José dos Campos, anunciou que os trabalhadores vão retornar ao trabalho presencial mais dias por semana, a partir de agosto.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, em comunicado interno, a Embraer disse que deixará de pagar a ajuda de custo referente ao home office, bem como o vale-refeição para os trabalhadores de unidades que tenham refeitório em suas instalações.
Ainda segundo a categoria, após rumores de que a Embraer anunciaria o retorno ao trabalho presencial, o Sindicato dos Metalúrgicos enviou pedido de reunião para tratar do tema com a empresa, mas a solicitação, feita em fevereiro, foi ignorada.
O administrativo e a engenharia da Embraer trabalham em home office desde 11 de março de 2020. Segundo o sindicato, cerca de 5 mil empregados serão atingidos em São José dos Campos e região.
Procurada pelo Jornalismo da Band Vale, a Embraer informou que acredita que a iniciativa contribui para o fortalecimento do vínculo entre as equipes por meio de experiências compartilhadas, colaboração em projetos, desenvolvimento de pessoas, bem como maior agilidade na comunicação e tomada de decisões.
“Considerando o momento de crescimento da empresa, a Embraer decidiu voltar mais dias por semana ao trabalho presencial, mantendo flexibilidade de um dia por semana de trabalho à distância. Para dar tempo aos colaboradores se adaptarem e também adequar a infraestrutura das unidades para maior fluxo de pessoas, a mudança ocorrerá apenas no início de agosto no Brasil, diz trecho da nota enviada.