Os trabalhadores da Gerdau de Pindamonhangaba votam, nesta quinta-feira (03), uma proposta de layoff negociada entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos. Se for aprovada, a medida irá envolver 220 trabalhadores do setor de Construção Mecânica, que está ligado ao ramo automotivo, e terá início no dia 1º de setembro. Assembleias irão ocorrer em todos os turnos de trabalho.
Durante o programa, os trabalhadores terão os contratos de trabalho suspensos e farão cursos de qualificação. O governo paga uma parte dos salários e a Gerdau vai completar até atingir 80% dos salários.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, na negociação foi possível avançar em várias questões, principalmente sobre o Vale Alimentação, de R$ 300, que continuará sendo pago para quem estiver no programa. Os funcionários também terão garantia de emprego pelo mesmo período de afastamento e os descontos do convênio médico serão congelados.
Segundo o presidente André Oliveira, na unidade já existe um acordo com o sindicato sobre o banco de horas. Esse acordo deu flexibilidade para a empresa e permitiu adiar por cinco meses essa discussão do layoff.
“Em março a gente já estava discutindo a queda na produção, deu pra segurar bastante com o banco de horas. Agora a gente está precisando ir para o layoff assim como outras unidades já estão. O Sindicato insistiu nessa questão do vale alimentação. É justamente a hora que o trabalhador mais precisa. Felizmente conseguimos avançar. Está sendo possível manter os empregos e amenizar o impacto das medidas”, disse.
A unidade de Pinda atua no ramo de aços especiais e hoje tem 2.600 funcionários.