Os trabalhadores da fábrica GV do Brasil, em Pindamonhangaba, estão ameaçando entrar em greve pela Campanha Salarial e pela PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Uma nova paralisação foi realizada nessa sexta-feira (23) e a proposta da empresa foi reprovada.
No começo do mês já havia ocorrido uma paralisação para cobrar abertura de negociação com a empresa, porém a direção da fábrica apresentou uma proposta sobre a PLR com o mesmo valor do ano passado. Os trabalhadores reprovaram a proposta.
O Sindicato dos Metalúrgicos irá entregar um comunicado de greve à empresa e caso não haja nova proposta nas próximas 48 horas, uma greve poderá ocorrer na GV do Brasil, fábrica do ramo do aço.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, as rodadas de negociação com a bancada patronal deste segmento são as que estão mais difíceis, com ameaça de retirada de direitos trabalhistas e parcelamento do reajuste salarial. A Campanha Salarial é feita de forma conjunta, pela FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT) com os 13 sindicatos filiados.
De acordo com o presidente do Sindicato, André Oliveira, o comunicado de greve entregue também reivindica o aumento real de salário. O índice da inflação medido pelo INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor), que serve de parâmetro para as negociações, ficou em 8,83% e para ele, os trabalhadores merecem e precisam do reajuste que compense o que eles já perderam ao longo do ano, pagando tudo mais caro.
Segundo o dirigente sindical, Paceli Alves, a produção na GV se mantém acima da média em todos os meses do último anos. Em junho, a fábrica anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão, para duplicar o setor produtivo. O ramo do aço é um dos principais responsáveis pelo aumento nos valores de exportações do município.
A GV do Brasil é uma unidade do grupo Simec e atualmente tem cerca de 400 funcionários em Pindamonhangaba. O Jornalismo da Band entrou em contato com a GV e aguarda um posicionamento.