Os trabalhadores da empresa MWL realizaram protestos na planta de Caçapava na manhã desta sexta-feira (03). Cerca de 120 trabalhadores permaneceram durante duas horas na unidade.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a situação de irregularidades e precarização do trabalho na MWL já vem se arrastando há um longo período. Com grande frequência a empresa atrasa salários e FGTS e submete os trabalhadores a condições insalubres.
O Sindicato também afirma que o convênio médico foi cortado pela empresa e a fábrica está sem energia elétrica e internet.
Os trabalhadores da MWL de Caçapava exigem que a empresa realize o pagamento integral dos salários. Embora a empresa tenha pago os salários que estavam atrasados desde o dia 5 de maio, os dias de paralisação foram descontados.
“A ocupação é uma resposta à direção da MWL, que está tratando os trabalhadores com absoluto descaso. Vamos exigir o pagamento dos salários e todos os nossos direitos. Não podemos admitir que famílias passem necessidade. A ocupação de hoje terminou, mas a luta continua até que os salários sejam pagos”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.
O Jornalismo da Band entrou em contato com a MWL e aguarda um posicionamento.
Recuperação judicial
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a MWL está com seu faturamento bloqueado em razão de uma dívida milionária com aluguéis. No dia 10 de maio, a 1ª Vara Cível de Caçapava homologou o plano de recuperação judicial da empresa. Com isso, as dívidas anteriores a 2020 têm de ser pagas conforme previsto no plano apresentado à Justiça.
A MWL produz rodas e eixos para trens e tem cerca de 240 trabalhadores.
Histórico da greve
Os trabalhadores da empresa decidiram manter greve contra os atrasos nos salários. A decisão foi aprovada em assembleia realizada no dia 9 de maio, entre os metalúrgicos.
A paralisação, que começou no dia 6 de maio, vai ser mantida até que a fábrica apresente uma solução para o problema.