Band Vale

Trabalhadores de fornecedoras da LG entram em greve

Empresas de Caçapava e São José pararam após anúncio do fim da divisão de celulares da LG no Brasil

Redação Band Vale

Funcionários de fornecedoras da LG pedem manutenção de empregos
Funcionários de fornecedoras da LG pedem manutenção de empregos
Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos

Os trabalhadores das três fábricas fornecedoras da LG na região entraram em greve nesta terça-feira, 6. A decisão foi tomada, em assembleia, como forma de pressionar a empresa sul-coreana a preservar empregos e direitos na Sun Tech, em São José dos Campos, e Blue Tech e 3C, ambas em Caçapava.  

As três fábricas produzem exclusivamente celulares para a LG, que nesta segunda-feira, 5, anunciou o encerramento da produção de telefones móveis. A medida deve levar ao fechamento de 430 postos de trabalho nas fornecedoras, sendo a maioria ocupados por mulheres. Na LG, 400 trabalhadores que atuam na linha de produção de smartphones também devem ser afetados.

A categoria já anunciou estado de greve desde semana passada, quando cobrava das empresas um posicionamento transparente sobre o futuro das fábricas. Todos são contra o fechamento das unidades e pedem pela garantia de que todos os direitos sejam pagos.

O Sindicato dos Metalúrgicos deve se reunir com a LG nesta terça-feira. Caso se consolide o fechamento das fábricas, a entidade reivindica que todos os direitos pagos aos trabalhadores da LG sejam estendidos aos funcionários das fornecedoras.

Smarphones LG

A empresa sul-coreana oficializou uma nota neste domingo, 04, informando que vai encerrar a produção de celulares no mundo. A sede de Taubaté será afetada, pois possui uma divisão voltada aos smartphones e é a única do Brasil a produzir esses aparelhos.

A LG tem cerca de 1.000 colaboradores em Taubaté, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos. Destes, 400 trabalham na produção de celulares. A empresa também produz monitores e notebooks.

A Prefeitura de Taubaté informou que a LG deve manter a produção até maio. O poder público também afirmou que está trabalhando com o limite no abatimento de impostos para que a empresa continue na cidade e os empregos sejam mantidos.