Vale do Paraíba tem aumento no número de mortes por atropelamento de pedestres

Nos primeiros 8 meses desse ano o número cresceu em 28,2%

Redação Band Vale

Um ciclista morreu após ser atropelado por um caminhão nesta quinta-feira (13) Divulgação/ PRF
Um ciclista morreu após ser atropelado por um caminhão nesta quinta-feira (13)
Divulgação/ PRF

O Vale do Paraíba registrou aumento de 28,2% nas mortes por atropelamento de pedestres, nos primeiros 8 meses desse ano. Os dados são do painel Infosiga, com base nos registros de boletim de ocorrência e investigações policiais.

Segundo o levantamento, foram 50 mortes em 2022, contra 39 no mesmo período de 2021. Aumento que fica evidenciado nas rodovias, onde grande parte desses acidentes fatais são registrados.

Somente essa semana, dois atropelamentos foram registrados na rodovia Presidente Dutra, sendo um caminhoneiro e um ciclista de 53 e 54 anos, que foram atravessar a avenida e acabaram sendo atropelados, em diferentes casos.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, apesar do grande fluxo de pessoas que seguiam em peregrinação a Aparecida, ambos não eram romeiros.

De acordo com o especialista em mobilidade Urbana Carlos Eugênio Monteclaro, existem dois pontos de risco para esses atropelamentos em vias rápidas. O primeiro é falta de passarelas nos locais de grande adensamento urbano.

“Portanto a sugestão é que a concessionária faça um levantamento rigoroso, e que ela possa apresentar melhores propostas de travessia, que nem sempre representam passarelas. É muito mais uma questão das distâncias entre as passarelas e a afetividade dessa situação.”

O segundo é falta de atenção dos próprios pedestres, que muitas vezes preferem atravessar a rodovia pela pista, mesmo com passarelas instaladas próximas

“Uma análise de determinadas áreas de muita concentração urbana, sendo que a distância entre as passarelas também auxilia nesse fator psicológico. O deslocamento da pessoa para a passarela mais distante, é a lei do menor esforço. As vezes ela corre o risco de fazer a travessia na Dutra por ser uma linha mais rápida para a travessia. Isso coloca a população em risco.”

Nestes casos, o inspetor chefe da delegacia de Polícia Rodoviária Federal de Roseira, Eron Ribeiro, ressalta que o motorista que verificar pedestres realizando a travessia ou que esteja caminhando em local de risco, pode acionar o órgão

“Se o motorista perceber, ele pode acionar a equipe pelo 191 ou pelos telefones que aparecem nos peines ao longo da rodovia.”

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