
O Vasco da Gama, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, vive um momento distante de sua melhor fase. Apesar de contar com nomes interessantes no elenco, o desempenho em campo não corresponde às expectativas.
O clube também não vive um bom momento fora de campo, chegando a enfrentar uma penhora de 10% das ações da SAF em disputa judicial. Portanto, a situação judicial do Vasco pode impactar projeções no mercado de apostas esportivas. Saiba quando apostar e quando parar.
A penhora ocorreu em razão de uma cobrança milionária de honorários feita pela Andrade Figueira Advogados, escritório que prestou serviços às gestões de Jorge Salgado e da 777 Partners.
Situação atual da cobrança
A Andrade Figueira Advogados atuou na assessoria jurídica da campanha de Jorge Salgado nas eleições presidenciais de 2020 e, posteriormente, prestou serviços à 777 Partners após a aquisição da SAF do Vasco. O valor total cobrado pelo escritório é de R$ 3.563.918,96.
O escritório alega ter prestado serviços advocatícios e consultoria jurídica para barrar ações judiciais que tentavam impedir a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária.
‘(Impedir) a realização da Assembleia Geral Extraordinária, que deliberaria sobre a cisão do departamento de futebol e sua integração à Sociedade Anônima do Futebol, além de eventuais disputas para anular o resultado da AGE SAF’, argumenta a empresa.
Em resposta no processo, o Vasco da Gama alega que o contrato não sustenta as cobranças.
"Inexiste qualquer identificação ou reconhecimento de firma no contrato que sustenta a presente execução, não sendo razoável a cobrança acima de 3 milhões de reais acerca de um contrato em condições precárias de validade", se defendeu o clube.
A ação judicial foi ajuizada em 27 de maio de 2024, pouco após o afastamento da 777 Partners do controle do clube de futebol. Como medida cautelar, a Justiça deferiu a penhora de 10% das ações da SAF do Vasco.
777 Partners e Vasco ainda vivem dilema
A 777 Partners assumiu a SAF do Vasco da Gama e trouxe esperanças aos torcedores. Porém, após muitas polêmicas, o clube buscou na justiça o controle do futebol, assumindo com o presidente Pedrinho.
Vale destacar que, na época, uma parcela de aporte de R$ 240 milhões venceria em quatro meses, mas a empresa norte-americana alegava dificuldades financeiras que impossibilitavam de arcar com os compromissos. Através de uma liminar, o Vasco, que tinha 30% das ações, ficou com mais 70%, que era da 777.
Após quase um ano, a 777 Partners tenta retomar o controle da SAF do Vasco e busca reativar o contrato original, que lhe garantia 70% das ações. O acordo foi firmado em 2022, sob a liderança de Jorge Salgado
A 777 Partners acusa o Vasco de negociar a SAF com terceiros sem sua anuência e questiona as recentes decisões administrativas do clube.
"O fato, gravíssimo, de o CRVG (Clube de Regatas Vasco da Gama) estar ofertando e negociando a venda da SAF a terceiros potenciais investidores, como se fosse proprietário de 100% da SAF, fazendo-se exclusivamente com apoio em uma decisão liminar, causa enorme perplexidade à notificante", destacou a empresa.
O caso ainda passará por novos julgamentos, e uma decisão definitiva sobre o futuro da SAF do Vasco deve ser anunciada em breve.