O aumento no preço do diesel, que entrou em vigor nesta terça (10), deve agravar a situação das empresas de ônibus da capital, que relatam dificuldades com a disparada no preço do combustível. O produto ficou 9% mais caro nas refinarias. Na bomba, o aumento médio deve ser de R$ 0,40 o litro. Com o novo reajuste, o diesel já acumula uma alta de 47% só em 2022.
Hoje, representantes das empresas que administram os ônibus na capital e da prefeitura voltam a se reunir para discutir a situação da tarifa. A prefeitura ainda trabalha com a possibilidade de aprovar o texto, que está na Câmara, que reduz em vinte centavos a tarifa. Nesse caso, o município subsidiaria parte das gratuidades.
O outro cenário seria o pior para o usuário: aplicar o reajuste autorizado pela Justiça, o que elevaria a passagem para R$ 5,85.
Para os caminhoneiros, a situação também é crítica. O presidente do Sinditanque, Irani Gomes, entende que o governo federal poderia atuar de maneira mais incisiva.
"Parte do governo federal se ausenta dizendo que não tem como interferir na política de preços da Petrobrás. A categoria entende que o governo federal poderia sim intervir devido a ele ainda ser um dos acionistas", afirmou.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires - especialista em óleo e gás, os reajustes da Petrobras não devem ficar só no diesel:
"Se a Petrobras aumentar a gasolina porque está defasada, e eu acho que ela vai aumentar nos próximos dias ou semana que vem, ela pode não chegar tão caro na bomba caso o preço do etanol hidratado esteja mais barato."