A Justiça britânica decide que irá julgar o caso de vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região central de Minas.
Um tribunal de apelação em Londres aceitou a demanda de um escritório de advocacia que representa cerca de 200 mil afetados, incluindo prefeituras, empresas e grupos indígenas.
A ação pede à BHP, uma das controladoras da Samarco junto com a Vale, uma indenização coletiva de 5 bilhões de libras, mais de 32 bilhões de reais.
A BHP, que pode recorrer da decisão, é contra o julgamento do caso na justiça britânica, alegando que o caso poderia gerar duplicidade das questões em andamento no Brasil.
A tragédia de Mariana matou 19 pessoas e deixou um rastro de poluição ao longo do Rio Doce.
Nota de Esclarecimento da Renova:
A reparação conduzida pela Fundação Renova se encontra em um momento de avanços consistentes nos programas que tiveram definição clara pelo sistema de governança participativo. Até maio, mais de 376 mil pessoas foram indenizadas ou receberam auxílios financeiros emergenciais, totalizando R$ 9,87 bilhões pagos a atingidos do Espírito Santo e de Minas Gerais.
No reassentamento de Bento Rodrigues, 47 casas foram concluídas e 103 estão em construção. Em Paracatu de Baixo, 36 tiveram as obras iniciadas. Foi concluída a implantação da restauração florestal em áreas onde houve depósito de rejeitos. Uma área equivalente a 16 mil campos de futebol será reflorestada em terrenos não impactados por meio de editais de reflorestamento em Minas Gerais e no Espírito Santo.
A água do rio Doce se encontra em condições similares às anteriores ao rompimento e pode ser consumida após tratamento. Também foi concluído o repasse de R$ 830 milhões para os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais e 38 municípios para investimentos em educação, infraestrutura e saúde. Cerca de R$ 21,8 bilhões foram desembolsados nas ações socioambientais e socioeconômicas.