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Liberação de exploração na Serra do Curral pode parar na Justiça

Decisão foi tomada na madrugada do último sábado (30)

Lucas Catta Prêta

O partido Rede Sustentabilidade acionou a Justiça contra decisão.
O partido Rede Sustentabilidade acionou a Justiça contra decisão.
Bernardo Dias / CMBH

A polêmica liberação de um complexo minerário na Serra do Curral, cartão postal de Belo Horizonte, pode parar na justiça.

A aprovação para o projeto da Tamisa Mineração foi dada na madrugada do último sábado (30) pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), por 8 a votos a 4. Todos os representantes do governo de Minas votaram favoravelmente ao empreendimento.  

Representantes da sociedade civil, partidos políticos e ONGs denunciam que essa aprovação aconteceu a toque de caixa, sem participação popular, em uma reunião que durou quase 20 horas.

Apesar de o projeto ter sido concedido em Nova Lima, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, disse que o projeto gera preocupação para a capital. O partido Rede Sustentabilidade disse que acionou a Justiça contra a decisão do Copam.

Para os críticos do projeto, a mineração no local desmataria uma área de 100 hectares de vegetação, aumentaria a poluição sonora, com impactos até no Hospital da Baleia, que fica a dois quilômetros da área prevista para mineração, e ameaça rios e cursos d'água.

A Tamisa rebate. Em um vídeo, a mineradora afirma que a interferência nos recursos hídricos 'será mínima, afetar a vazão das nascentes envolvidas'. Diz, também, que o perfil da serra do Curral não será afetado, nem o pico de Belo Horizonte.

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