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CPI da Pandemia retorna na terça com foco no caso Covaxin

A defesa do empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, pediu o adiamento do depoimento marcado para a quarta-feira

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Diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades (esq.), e o presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (dir.)
Diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades (esq.), e o presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (dir.)
Waldemir Barreto/Agência Senado

A CPI da Pandemia retoma suas atividades, nesta terça-feira (3), com um depoimento já marcado. Durante o recesso, o grupo de 7 senadores que toma as decisões da comissão – conhecido como ‘G7’ – continuou a análise de documentos e a checagem de dados.

Para o dia 4, está agendado o depoimento de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou as negociações do Governo Federal pela Covaxin. Mesmo assim, a defesa do empresário pediu que a oitiva seja remarcada para dois dias depois, por causa de uma viagem à Índia.

Maximiano está no país desde o último domingo (25) e a previsão é que ele retorne ao Brasil apenas em 9 de agosto. Até essa data, os parlamentares discutem se decidirão reter seu passaporte ou, até mesmo, se pedirão sua prisão preventiva. A relação entre os senadores e o empresário se desgastou depois de ele desmarcar duas vezes seu depoimento à CPI.

Na última quinta-feira (29), o vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confessou a possibilidade de prender preventivamente Maximiano. Ele ainda criticou a viagem para a Índia: “Eu quero recomendar ao senhor Francisco Maximiano: volte e compareça à CPI de imediato no dia que seu depoimento está marcado”.

Com o retorno dos trabalhos, o foco da comissão volta para as negociações pelo imunizante Covaxin. Agora, a expectativa é de que os membros da CPI peçam o bloqueio de bens de duas empresas de Maximiano – a Precisa Medicamentos e a Global.

Além disso, de acordo com Randolfe, a comissão vai apreciar requerimentos pedindo o afastamento da secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. A justificativa seria uma suposta tentativa de obstrução das investigações da médica conhecida como ‘Capitã Cloroquina’.

Neste retorno, quem acompanha a comissão também deve observar a chegada do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) como um dos membros titulares da CPI. O motivo é a indicação de Ciro Nogueira (PP-PI), um dos integrantes da ala governista do colegiado, para a chefia da Casa Civil.

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