“A falta de compostura nos envergonha perante o mundo”; Barroso rebate ataques de Bolsonaro

Em discurso após falas golpistas de Bolsonaro, o presidente do TSE defende as instituições e processo eleitoral

BandNews FM

Barroso defende as eleições durante sessão do TSE Foto: Reprodução/Youtube TSE
Barroso defende as eleições durante sessão do TSE
Foto: Reprodução/Youtube TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral rechaça de forma dura as acusações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e reforça que o Brasil inteiro sabe que as eleições são limpas durante abertura de sessão no TSE nesta quinta-feira (09). A fala ocorre após os ataques golpistas feitos pelo chefe do executivo nas manifestações de 7 de setembro.

“Uma minoria dos eleitores passou a ter dúvida sobre a segurança do processo eleitoral. Dúvida criada artificialmente por uma máquina governamental de propaganda. ’’, afirma o jurista.

Na reunião, Luís Roberto Barroso diz que Bolsonaro procura culpados pelo fracasso dele e de seu governo populista. “Quando o fracasso bate à porta, porque esse é o destino do populismo, é preciso encontrar culpados, bodes expiatórios. O populismo vive de arrumar inimigos para justificar o seu fiasco. ’’, desenvolve Barroso.

Em seu discurso, ele rebate as acusações de fraudes nas urnas e alerta que o presidente da República teve oportunidade para mostrar as falhas no sistema, mas não conseguiu.  “ Foi chamado pelo TSE para cumprir o dever jurídico de apresentar as provas, se as tivesse. Não apresentou. É tudo retórica vazia contra pessoas que trabalham sério e com amor ao Brasil, como somos todos nós aqui. Retórica vazia, política de palanque. Hoje em dia, salvo os fanáticos, que são cegos pelo radicalismo, e os mercenários, que são cegos pela monetização da mentira, todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante. ”, aponta Luís Roberto Barroso.

Em outro momento da sessão, o ministro lembrou que quem barrou o voto impresso foi o Congresso, e não a corte eleitoral. 

O magistrado também afirmou que as ações de Bolsonaro como autoritárias e indica que o político busca uma forma de não aceitar possíveis derrotas:  “Uma das manifestações do autoritarismo pelo mundo afora é a tentativa de desacreditar o processo eleitoral e as instituições eleitorais, para, em caso de derrota, poder alegar fraude. ”, explica.