A Polícia Militar do Rio de Janeiro expulsou o sargento reformado Ronnie Lessa dos quadros da corporação. A decisão foi publicada no Boletim Interno da PM na quarta-feira (8) e ocorre quase cinco anos após a morte da vereadora carioca.
Ronnie foi preso em março de 2019, um ano após o crime, e é acusado de ser o executor do assassinato da parlamentar e do motorista dela, Anderson Gomes. Ambos foram executados no Centro da capital fluminense no dia 14 de março de 2018. Os mandantes do crime são desconhecidos, enquanto Lessa nega a autoria do crime.
O agora ex-policial teve conduta classificada como “execrável” pela PM. Ele respondia a um processo disciplinar desde 2021, quando foi condenado pela Justiça a quatro anos e meio de prisão pela ocultação de armas que teriam sido usadas para matar Marielle e Anderson e que nunca foram encontradas. O armamento teria sido jogado no mar da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
O documento se refere a Lessa como um ser "desvencilhado da ética e da moral” da instituição.
No ano passado, Lessa também foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por comércio ilegal de armas. O processo que gerou esta última condenação tratou da apreensão de 117 peças de fuzis do então sargento reformado.
Com a expulsão, Ronnie Lessa deixa de receber a aposentadoria.