O deputado Chiquinho Brazão deve prestar depoimento nesta terça-feira (16) no Conselho de Ética da Câmara. O parlamentar é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes.
A reunião está marcada para às 14 horas e vai ouvir também testemunhas de defesa indicadas por Brazão. A investigação pode resultar na cassação do mandato do parlamentar, que está preso.
Na época em que o crime aconteceu, Chiquinho ocupava o cargo de vereador no Rio de Janeiro. Ele foi detido em março e afirma ser inocente. O parlamentar alega que possuía divergências ideológicas com Marielle, mas que isso não são motivos para ligá-lo ao crime.
Thiago Ribeiro, conselheiro e vice-presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, também deve ser ouvido nesta terça (16). Em depoimento ao Conselho de Ética, nesta segunda-feira (15), o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa afirmou nunca ter falado com os irmãos Brazão.
Rivaldo também preso desde março e prestou depoimento como testemunha de defesa do deputado Brazão. O nome dele surgiu na delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle.
Após escutar todas as testemunhas e Brazão, a deputada Jack Rocha terá 10 dias úteis para entregar um relatório, recomendando o arquivamento do processo ou sugerindo punições, como a cassação de mandato.