Apresentadora Adriana Araújo criticou no programa Entre Nós, da 17259059, o projeto de lei que circula na Câmara que criminaliza o aborto após 22 semanas em qualquer contexto, mesmo envolvendo menores de idade e vítimas de estupro.
Os deputados devem votar a urgência da pauta nesta quarta-feira (12). Caso aprovada, a pauta não precisa passar por comissões e pode ser votada em plenário. Os parlamentares esperam que ela seja pautada no plenário em até duas semanas.
“Muitos casos acontecem não só nos rincões do Brasil, mas nas periferias das grandes cidades. Mas que está na casa de luxo, no apartamento confortável, essas pessoas pagam em clínicas esterilizadas, em clínicas que não vão colocar em risco a saúde delas e fazem o aborto”, comentou a apresentadora.
Se isso for adiante, é a vitória da hipocrisia. É tratar com tremenda a hipocrisia um assunto que é sério demais.
Caso o projeto de lei seja aprovado, mulheres que realizarem um aborto após 22 semana poderão ser condenadas 20 anos de prisão. Em caso de vítima de estupro, a pena é máxima é de 15 anos. A pena máxima para o crime de estupro no Brasil é de 12 anos.
“Você quer impor a mulheres sofrimentos terríveis, e sobretudo a mulheres vítimas de estupro. A gente não está falando de uma coisa que raramente ocorre no Brasil, isso acontece rotineiramente no nosso país. Meninas são estupradas, muitas vezes é por estupradores que estão dentro das próprias famílias. Até uma investigação ser feita, já passou desse prazo”, afirmou Adriana.
Pela lei atual, não há punição para o aborto em caso de estupro ou se é constatada nenhuma outra forma de salvar a gestante.
“Estão desrespeitando direitos individuais de mães que estão correndo risco de vida, de mães que não tem chance alguma de ver os filhos nascerem com vida e de mulheres e meninas estupradas”, disse Adriana Araújo.