"Gravíssimo, retrocesso", diz Adriana Araújo após proposta para impedir aborto legal avançar

Na visão da apresentadora da BandNews FM, o tema "não pode ser discutido desta forma"

Da redação

"Gravíssimo, retrocesso", diz Adriana Araújo após proposta para impedir aborto legal avançar
Proposta para impedir aborto legal no Brasil avança na Câmara dos Deputados
Reprodução/Band

Adriana Araújo classificou como "gravíssimo" e "retrocesso" o avanço da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que visa impedir o aborto em qualquer caso, inclusive aqueles previstos em lei, incluindo estupro. O projeto de autoria dos ex-deputados Eduardo Cunha e João Campos foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (27), com um placar de 35 votos a 15.

“É importante destacar que tem um longo caminho nessa discussão. Essa decisão da CCJ não é algo que vá ser modificado na legislação, vai ter muita resistência. Até porque, para que todo mundo entenda, o que foi aprovado na CCJ é que nos casos de estupro a mulher não possa fazer o aborto. No caso de gestantes, vítimas de algum problema muito sério que comprometa a vida, que coloque em risco a vida dessas grávidas, elas não poderiam fazer o aborto. É algo gravíssimo, retrocesso enorme e que não pode ser discutido desta forma”, afirmou Adriana Araújo, no Entre Nós.

Manifestantes feministas entraram no plenário da comissão e começaram a gritar palavras de ordem contra a PEC. "Criança não é mãe/Estuprador não é pai", entoaram. Uma deputada chegou a rezar a Ave Maria no meio da confusão.

Deputadas governistas se reuniram e chegaram a fazer um cordão em volta das manifestantes e acompanharam os gritos de "retira a PEC". A proposta tem previsão de ser votada ainda nesta quarta-feira.

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